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Tempos avaros
13/07/2015
Quando uma situação sai do normal, a sociedade se manifesta. Grupos civis, militares e religiosos, unidos, evitaram que o Brasil fosse uma FARC. Nas DIRETAS-JÁ, o povo foi às ruas clamar por eleições livres para a Presidência da República. Os "CARAS PINTADAS" fizeram o seu papel, e o Presidente Collor renunciou. Vivemos uma situação atípica.
Há motivos, mas não há entusiasmo. Por que? Simplesmente porque os candidatos ao Poder não emocionam. Nenhum resiste a uma análise criteriosa em suas vidas, ações e palavras. É um deserto de afirmações vigorosas.
Ninguém se preocupa em manter a democracia, mas em acusar, denegrir, manchar a reputação alheia. Aviltar, humilhar, rebaixar é a palavra de ordem, como se ela tivesse o condão de num repente mudar o estabelecido. Ninguém pensa no sacrifício do povo.
Os operários são despejados de seus empregos, uma ameaça para a estabilidade da família. A classe média sofre com os salários minguados pela inflação. Mas os potentados não perdem um centavo de suas vantagens. Muitos deles enriquecidos financeiramente, só têm olhos para ver e ouvidos para escutar o que lhes convêm. O país nunca foi tão pobre de crédito, de sonho, de paz.
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