Página inicial


  • O silêncio do Tibete e os (Ma)rqueteiros

    04/05/2015

     Por Renato Uchôa (Educador)

    O PT, de quando em quando, faz um voto de silêncio assustador. Por não atender os gritos de milhões de brasileiros. Que acreditam na força do combate ininterrupto contra a Elite, também do preconceito, da exclusão, dos crimes mais cruéis contra o povo brasileiro. Querem o troco. Não é em moedas de cinco centavos, que a contragosto, jogam na lata de um pedinte de porta de igreja. Após a missa ou o culto, muito deles vão botar chumbinho para o cachorro e gato do vizinho. Em sendo em um saco, coloca cinco e volta na ponta do dedo com uma moeda de um real. Querem bilhões em troca pela opção do governo na implementação dos programas sociais. Querem uma Bolsa-Clã na base de ouro. E já não dissimulam a cara. Estão todos os dias na mídia, repetindo 24 horas por dia, o convite de sétimo dia. Do enterro do PT. E são milhares infiltrados no Aparelho de Estado. Servidores públicos nos melhores cargos, da justiça, Polícia Federal, Ministério Público, Procuradorias, STF, STJ,... Passeando nas agressões pessoais, no desrespeito, na afronta a todos os Códigos e Estatutos, que regem também, em cada alçada, os servidores dos Estados. A impunidade campeia até nas latas de lixo dos pátios das repartições. Um mar de rosa para cuspir na cor vermelha.  Foi assim nas eleições de 1989, quando o PT deixou roubar por vários meses, dirigido pelos marqueteiros, a marca da critica, a identidade construída a duras penas, que foi ganhando os corações e mentes da população brasileira na construção e legalização do partido. E foi colando, Collor roubou a marca à luz do dia. Roubou a estrela do PT por meses. Deitou e rolou, e não se sabe se cheiraram. Alguém acordou e foi botando o PT nos trilhos, a campanha cresceu e foi bonita. Não perdemos as eleições em 1989. As urnas, e foram várias, boiaram em vários rios do Brasil lotadas de votos não computados. De quando em quando, um silêncio do PT nos açoita os tímpanos de vergonha. Joaquim Barbosa, no julgamento da AP 470, mais draconiano da história do Brasil, em pleno regime democrático, mandou a Direção do PT para o retiro e voto de silêncio no Tibete. Por vários anos. É visível e claro a luta de milhões de militantes em defesa do PT e da legalidade constitucional, inclusive agora contra as ações do juiz Moro, a sombra de Barbosa na continuidade da Cruzada Medieval contra o partido. É também por demais visíveis a pífia atuação de quase todas as Direções Estaduais e Municipal , quando se omitem , se escondem das diversas e importantes manifestações da militância na campanha em defesa da legalidade, dos direitos ameaçados. Foi assim na eleição do ano passado, uma das mais importantes da história política do Brasil, lavaram as mãos. E quando foram, saíram mais rápido do que um cometa, com mais medo que o cão tem da cruz. A presidenta Dilma, por alguns meses, após eleição, não nos deu o ar da graça. Um vácuo profundo na relação com a militância e com o povo brasileiro. Afirmam de pés juntos, coisa de (Ma) rqueteiros. Direção do partido no “Teto do Mundo” acompanhou de lá, nós os simples milhões de mortais no fogo cruzado, gritando nas ruas e avenidas, nos morros e favelas, nos grotões, contra todas as formas de golpes. E não me venha com papo de ninar, que a Presidenta do Brasil não deve ocupar uma Cadeia de Rádio e Televisão, uma Rede Nacional para se dirigir ao povo brasileiro. No dia do trabalhador. Com o argumento de ferir suscetibilidades, não atrapalhar acordos de governabilidade. O PT, pelo silêncio das direções, em concluiu com os (Ma)rqueteiros, vai se afastando de setores importantes da sociedade brasileira, que ao contrário, tem escutado todos os dias nas rádios e redes de televisão, o  convite da missa de sétimo dia da morte do partido.  O trabalhador brasileiro precisa ouvir a presidenta do Brasil. Deitado, mas na Rede fixada no armador na parede.


    Voltar