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  • RC Maria da Penha

    18/10/2014

     Noticia o indefectível blog do amigo Tião Lucena, o propósito do governador Ricardo Coutinho, em declaração prestada no TV Master, ao suave evangélico Alex Filho, de processar os “iconoclastas” - os que denigrem e desfiguram a sua imagem pessoal. Ignoro se de simples cidadão ou de homem público, porque nas duas opções, as incriminações, a chacota e a gozação se lhe ajustam como luvas.
    Como sempre, o Ric Oportunista revela-se tal qual ele é: um aproveitador de oportunidades, procurando dissimular o caráter amoral de sua vida na sofrida sociedade paraibana, que suporta à duras penas a sua vigarice diplomada. Aproveita-se da evidência das “ilusões necessárias” definidas por Chomsky (MIT-USA), que ins-trumentalizam os cidadãos através dos mais poderosos meios de manipulação de mas-sas criados até hoje pelo o homem: a imprensa, o radio e a televisão. Vale a pena conferir os gastos do seu governo com adrede arregimentação de coletividades para glorificar o seu nome, a divulgação de comentários falaciosos sobre a sua administração. 
    O Ric Crueldade arroga-se detentor de vitoriosa “carreira política”. Como diziam Machado e Bilac eu repito: “Ora... ora.” As coligações partidárias que organizou e defenderam suas candidaturas, tornaram-se conhecidas como “Coligação Cano de Esgoto” porque recolhiam o rebotalho moral da Paraíba. E ciente desta realidade reagi em exclamações sentidas, umas tiradas do nosso Poeta do Eu: “Asa negra de corvo... asa de mau agouro... Ah! Um urubu pousou na minha sorte!” 
    O problema consiste no que Ricardo foi, é e no que representa como ocupante de cargos públicos, como detentor de mandato eletivo. Fala-se de lágrimas de cidadãos humildes, de funcionários modestos afastados do seu gabinete, colocados injustamente sob suspeição. Ele mudou de partido político para não debater teses - queria impor unilateralmente a sua opinião. Incensado por bajuladores abandonou as ideias socialis-tas de sua juventude (se as teve). A História e a Psicologia como ciências humanas, de Nero a Hitler explicam personalidades assim, de intenções sinistras.
    Ricardo ligou-se com ideias preconcebidas e subalternas, aos movimentos de caráter humanístico que se infiltram no ambiente das lutas sociais contemporâneas, desvirtuando-lhes os objetivos. Considera-os simples massa de manobra. Os artistas e aficionados que o digam.
    Aí está Ricardo, portanto, com mandato eletivo, mas sem programa partidário, indiferente aos princípios éticos que se impõem no relacionamento pessoal ou funcional com os que o cercam. Uma excrescência jurídico-democrática, como se vê.
    Ele é temperamental, psicótico, sofre de um mal conhecido como desvio da personalidade, um trauma que guarda por ter sido pobre quando jovem. Nada demais. Mas tentou entrar na nobreza das famílias ricas da Várzea do Paraíba que assassinaram camponeses, incendiaram moradas humildes. Dizia que era para realizar sua obra. Nero, o tirano romano fazia assim. Assassinou a própria mãe. 
    Aí está Ricardo, portanto, com mandato eletivo, mas sem programa partidário, indiferente aos princípios éticos que se impõem no relacionamento pessoal ou funcional com os que o cercam. Agora, a tragédia familiar avulta a gravidade de sua ficha criminal: em análise interpretativa do tipo penal, ele incorreria na infração de dispositivos da chamada Lei Maria da Penha. (Notas da fazenda).


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