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  • Exílio nunca mais

    15/02/2016

    Vi e constatei na Europa, na Anatólia (gostaram?), no Oriente Próximo, nas Américas, em grandes e pequenas cidades, expressões e relicários culturais consagrados universalmente, preservados, utilizados pelo povo. Por esta razão elogio Luciano Cartaxo, em boa hora eleito prefeito da nossa capital, deixando de lado o individualismo meritocrático e fingido de alguns antecessores, e voltando a sua gestão para a ética comunitária, coletivista que deve orientar as relações entre governantes e governados.
    Teremos a restauração de imóveis desocupados para moradia e atividades comerciais, serviços públicos na área central da capital. 
    Exilio nunca mais. Cansa a obrigação do deslocamento para longas distâncias todos os dias. Porque os “famosos” conjuntos habitacionais, constituem hoje verdadeiro degredo para os que são “premiados” com a sorte da “casa própria” passando a viver nas fronteiras da Paraiba. Avistando Goiana em Pernambuco e Mamanguape perto d o Rio Grande do Norte. Dá até para fazer a feira por lá. Com efeito, caros leitores, falo como o povão: “É de clamar aos ceus! É um castigo morar no fim do mundo!”
    No centro da capital e nos bairros antigos, existe disponibilidade de todos os serviços públicos de infraestrutura: calçamento, asfalto, praças, rede elétrica, abastecimento d‘água, esgotos, meio fio, telefone, bancos, repartições públicas, lanchonetes, linhas regulares de transporte público e mais e mais equipamentos. Jaguaribe, Roger, Tambiá, Torre, Expedicionários e tantos mais se oferecem. 
    Deixar tudo de lado, em ruinas para a construção de “conjuntos residenciais” no fim do mundo, é brincar com a realidade. Os proprietários atuais e os novos adquirentes, reunidos restaurarão os imóveis, fixando-se a população em moradias condignas. Este é o projeto de Luciano, somando recursos públicos federais, estaduais e municipais que existem, para a sua execução. 
    Contra o exílio, o degredo e o banimento dos cidadãos trabalhadores. Luciano eleva a sua voz, apresenta o seu projeto. Chamo atenção dos leitores, que os edifícios de arquitetura de época no centro das capitais da Europa, são habitados e ocupados, preservadas as linhas arquitetônicas originais, adaptados internamente para o fim a que se destinarem: moradias, escritórios, etc.
    Edificios públicos e de iniciativa e construção de organizações e seitas, moradias, com a nota da individualidade ou associativismo, do coletivismo este o seu campo para restauração e preservação. Lá estão as linhas do desenvolvimento e do comportamento, da civilização que as insere na cultura local. O civismo, enfim. Notam a marca do tempo, das eras, também ambientais e geológicas.
    Nesta ordem de ideias, tenho argumentado nos meus escritos, já lá vão sessenta anos. E divulgado em livros, na imprensa escrita e falada na nossa Paraíba (Revista Letras do Sertão, de Sousa e mais jornais e revistas da capital e de Campina Grande). Ultimamente, com o advento da internet diariamente divulgo no Facebook e através de blogs Prosa Caótica o que penso e escrevo.
    Ao longo de minha vida que já passa dos quase fatais oitenta, continuo fiel aos princípios intelectuais no campo da cultura, que me tornaram o que chamam um aficionado, talvez um legionário daqueles que outro credo não professa, ou convicção não assiste o seu convencimento, que a dedicação intimorata a serviço de uma causa. Especialmente a da preservação da memória cultural, no campo das artes e das letras, da arquitetura que nos seus traços e linhas indicam raças, datas, religiões, o individualismo ou o coletivismo na concepção que os criou. E já os tenho registrado na participação de reuniões, conclaves, na militância na imprensa e mais meios de comunicação, num coletivo acorde nacional. Expressões culturais de caráter nacional e preservacionista, erigindo em padrões e símbolos a construção da memória ideológica do país.


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