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  • Marcas de quem se foi

    18/09/2015

     

    Na manhã do dia 1º de janeiro de 1995, Antônio Marques da Silva Mariz tomou posse como Governador da Paraíba. No discurso de posse, publico excertos que carregam em si as marcas do que seria o seu governo.

    (...)
    “Tentarei um governo de equipe voltado, antes de tudo, para a solidariedade que faz da dor de um a dor de todos e da alegria de todos a alegria de cada um.

    “A solidariedade tem como primeira e absoluta prioridade o resgate da cidadania. E este resgate começa pela eliminação da fome. Cidadão que não se levanta porque a fome não deixa, também não trabalha porque lhe falta a força e não participa porque perde a crença nos outros cidadãos.

    “Peço a colaboração das elites e garanto, desde já, a presença do governo nas favelas e nos bolsões de pobreza. Não para catar votos nem fazer promoção, apenas para ajudar, pelo combate à fome, no resgate da cidadania.

    “É triste, sabemos todos, ter de começar assim. Mas a verdade social é tão gritante que outro começo seria mais uma das tantas injustiças sociais que vimos acumulando no país, há anos.

    “Não estou recomendando nem sancionando o assistencialismo que depreda a própria independência dos cidadãos...mas procurando criar condições mínimas para que os cidadãos pobres...garantam a renda e a alimentação suficiente e contínuas.

    “Muitos que me ouvem podem pensar que estou sendo utópico. Mas a utopia é que move os homens, sobretudo quando sabem fazer passar a estreiteza da realidade pelo ilimitado do pensar mais alto”.

     

     

    O FIM DO CAMINHO

     

    "Há homens que lutam um dia, e são bons; 
    há outros que lutam um ano, e são melhores;
    há os que lutam muitos anos, e são muito bons;
    mas há os que lutam toda a vida,
    estes são imprescindíveis". (Brecht)

    A caminhada política de Antônio Marques da Silva Mariz começou em Sousa, em 1963, como Prefeito, e terminou num dia como hoje, 16 de setembro de 1995, como Governador.

    Foram 32 anos que tiveram a marca sem trégua da ética, da honestidade, da simplicidade, da verdade, da eficiência e da coragem.

    Seus ideais estão vivos na lembrança dos paraibanos, sua história eternizada e a saudade fez morada definitiva nos nossos corações.

    Mariz era um desses homens a que se referiu o poeta e dramaturgo alemão: imprescindível.


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