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Notícia > Política

  • 29.04.2018 - 05:39

    Xeque-Mate: os tubarões estão cedendo espaço para raia miúda em Cabedelo


     Aos poucos, mas com determinação o foco do escândalo envolvendo as principais autoridades de Cabedelo vai sendo desviado para protagonistas menores enquanto os tubarões vão esmaecendo no noticiário. Os verdadeiros responsáveis pelos acontecimentos estarrecedores já não ocupam mais atenção do distinto público e personagens menores vão assumindo destaque no cenário de atropelos que a Operação Xeque-Mate desvendou.

     
    Já não se fala mais dos homens das malas recheadas de dinheiro, escalados para comprar o mandato do prefeito que renunciou muito menos se sabe o que foi apurado em relação à participação efetiva do empresário mentor de todo escândalo, que começa deslizar para trás das cortinas do espetáculo sumindo na poeira do esquecimento constrangedor.
     
    O que se vê são matérias publicitárias a enfatizar o trabalho do ex-genro do principal suspeito a silenciar o noticiário homeopaticamente e a emprestar um grau de normalidade a uma gestão que emergiu do esgoto que a operação policial revelou aos paraibanos.
     
    Cabedelo permanece estagnada na roubalheira endêmica que sempre norteou seus passos e assim permanecerá enquanto a verdade não vier à tona e mostrar quem de fato cevou-se na corrupção.
     
    A vereadora de Cabedelo Fabiana Régis confirmou na noite desta quinta-feira, 26, que realmente assinou a carta renúncia encontrada pela Polícia Federal na casa do vereador Tércio Dornelas, preso pela Polícia Federal.
     
    Em discurso no plenário da Câmara Municipal, a vereadora disse que a carta era um compromisso de independência feito entre os parlamentares, para que nenhum deles abandonassem o grupo que se denominava como oposição ao então prefeito Leto Viana,
     
    Com isso, a bancada de oposição composta por ela e pelo vereador José Eudes deve se complicar com a Justiça e com a operação Xeque Mate, já que os dois negaram veementemente que tivessem assinado qualquer carta.
     
    “Assinei a carta para provar ao grupo a minha posição política”, declarou Fabiana. “Essa carta renúncia não tem e nunca teve relação com o que vem sendo apreciado pela Polícia Federal”, afirmou. (jampanews)