Notícia > Política
-
18.03.2019 - 08:26
Visitas a Livânia Farias podem ser interpretadas como ameça e intimidações
Intimidação e ameaças. Assim tem sido a interpretação das visitas desenfreadas que a ex-secretária Livânia Farias vem recebendo na prisão por integrantes do governo. Ela está presa acusada de integrar um esquema de corrupção do qual havia se favorecido, juntamente com outros expoentes da administração estadual na época dos governos de Ricardo Coutinho, com desvio de milhões de reais da área da Saúde.
“Livânia foi presa no sábado e no dia seguinte a romaria de colegas, amigos e familiares teve início logo nas primeiras horas do domingo mostrando que a ex-secretária não poderá se queixar de solidão enquanto durar o seu calvário”, destacou o portal Jampanews, do jornalista Lelo Cavalcanti, acrescentando:
“A romaria demonstra o apreço do Governo por ela já que na prisão de Leandro Azevedo não se tem noticia dessa manifestação de solidariedade e talvez isso tenha contribuído para o depoimento devastador do homem das caixas de vinho.
As visitas, as mais ilustres, de colegas, inclusive de colegas tão suspeitos quanto ela teve tal frequência ao ponto do comandante da Unidade militar solicitar ao comandante geral a instalação de câmeras de monitoramento para acompanhar o entra e sai dos visitantes”. E prossegue o texto:
Pressão
Mas tanta solicitude não foi entendida por alguns e também teve inicio as especulações sobre o real motivo da romaria à cela de Livânia principalmente depois que vazou a foto da Segurança Pública devidamente trajada para ocasiões de confronto, entre os visitantes deste domingo a cela da ex-secretária caída em desgraça.
A truculência dos trajes - e a presença do secretário de Segurança na embaixada militar - despertou receios e desconfianças de que, não havia solidariedade nas visitas, mas sim uma clara intenção de constrangimento e ameaça e uma evidente demonstração de que o Governo e os envolvidos receiariam um acordo de delação premiada entre Livânia e a Justiça.
Solidário
Se há interesse do Governo de não abandonar Livânia à própria sorte seria bom ter mais cautela em relação aos embaixadores oficiais para que ilações e versões depreciativas não conturbem ainda mais o ambiente e torne mais densa à atmosfera socialista.
Livânia, em tese, e pelo que já revelou as investigações e pelo que já foi dito pelo primeiro preso na Operação, transforma-se numa ameaça para o esquema de Ricardo, e mandar no dia seguinte a sua prisão uma embaixada integrada por cães de caça é uma demonstração de inabilidade política sem precedentes, além de um atestado de burrice assinado em letras garrafais”.