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  • 22.06.2016 - 01:06

    Temer diz que vai incentivar as reformas política e da Previdência


     Michel Temer quer promover as reformas política e da Previdência a partir do momento em que for efetivado na Presidência da República. A declaração foi dada em entrevista ao jornalista Roberto D‘Ávila, que foi transmitida na noite desta terça-feira (21) pela GloboNews.

    O presidente interino Temer citou a questão previdenciária ao falar sobre assuntos que ele ainda não tratou "por falta de tempo" e por estar na condição interino até que o processo de impedimento de Dilma Rousseff seja concluído pelo Senado. Sobre a reforma política, ele declarou que a tarefa cabe ao Congresso realizá-la, mas ressalvou: "Vou incentivar muitíssimo a reforma política. Acho importantíssimo para governar." 

    Temer também afirmou ainda que não irá processar o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, que prestou delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. "Eu não vou processá-lo, o que ele mais quer é isso: polarizar com a Presidência. Eu não vou dar esse valor. Eu não falo para baixo." 

    O presidente interino voltou a negar que tenha pedido qualquer vantagem indevida a Machado. Em sua delação, Machado disse que Temer lhe pediu dinheiro para a campanha de Gabriel Chalita (hoje no PDT, então no PMDB, partido de Temer) à Prefeitura de São Paulo em 2012 e que repassou R$ 1,5 milhão à campanha por meio de doações cuja origem era dinheiro de propina.
     
    Ainda de acordo com Temer, sua prioridade à frente do governo é combater o desemprego, e acrescentou que não fará alterações no percentual dos gastos da União com educação e com saúde.
     
    O presidente interino tentou se desvincular do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao declarar não tem influência em sua gestão. Declarou que não vai interferir nas investigações da Lava Jato e que manterá os programas sociais, a exemplo do Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, mas que estes passarão por inspeções.

    Doações de campanha

    Ao comentar sobre a nova regra que proíbe a doação de empresas às candidaturas nas eleições municipais deste ano, Temer defendeu a doação de pessoas jurídicas, desde que seja somente a um candidato ou partido. "Tenho a impressão que aquilo que ocorrer nessa eleição municipal dará um norte para o que vier a ser nas eleições de deputado, presidente."

    Em outro trecho da entrevista, ele justificou a restrição ao uso do avião da FAB (Força Aérea Brasileira) por parte da presidente afastada, Dilma Rousseff. De acordo com ele, Dilma estaria utilizando a aeronave oficial para "denunciar o ‘golpe‘ o que é uma situação esdrúxula". Ele negou novamente que o afastamento de Dilma configure um golpe de estado.

    Mais uma vez, o presidente interino voltou a negar que será candidato à reeleição em 2018, caso seja efetivado. (BOL)