Página inicial

Notícia > Política

  • 26.03.2018 - 07:18

    Tavinho diz que cenário político continua o mesmo de décadas


     O sempre atento e atuante suplente de senador Aristávora Santos, o Tavinho, tem expressado initerruptamente sua preocupação com o cenário político onde ele enxerga a influência do poder econômico como fator determinante para o resultado dessas eleições de outubro.

     
    Tavinho tem avaliado o jogo político como sendo o exercício dos detentores de mandato a se perpetuarem na política numa repetição que não contribui para o melhoramento do processo eleitoral já que esses representantes, pouca ou quase nenhuma identidade, estabelecem com o eleitor.
     
    Aparecem sazonalmente a distribuir recursos públicos em forma de emendas, firmando acordos de bastidores com prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias, beneficiários maiores dessas montanhas de dinheiro já que os efeitos dessas emendas praticamente não são perceptíveis aos olhos dos mortais comuns.
     
    Os exemplos são muitos desses violadores do voto popular e a prática remonta ao passado longínquo quando os currais eleitorais eram abastecidos por velhos e truculentos coronéis a impor sua vontade a ferro e a fogo e muitas vezes à bala também.
     
    Essa prática da predominância econômica na política se perpetua nas várias gerações legítimas representantes das carcomidas oligarquias ainda ostentando mandatos que perduram por décadas e décadas, fazendo das eleições um jogo de cartas marcadas, eternizando privilégios, preconceitos, discriminações, violência, corrupção e todos os males que ainda afundam esse país de tantas possibilidades e de tanto potencial.
     
    Tavinho também inclui o Judiciário nesse cenário de atraso e de indecências a respaldar e a dar legalidade a uma atividade que, na sua essência tem todos os ingredientes da criminalidade. Para ele, os tribunais respaldam o jogo viciado da política e empresta um ar de legitimidade ao que não tem representatividade já que a compra de votos se faz escancarada e com abundância de recursos públicos, garantido a eternidade das classes dominantes na condução do país.
     
    A análise de Tavinho é procedente quando se relaciona o poder político na Paraíba, onde algumas famílias, espalhadas nas diversas regiões se revezam no poder municipal como também no poder estadual e enviam para o Congresso seus rebentos mais talentosos numa perpetuação política que alimenta o atual cenário de improbidades e acintes.
     
    É uma velha tradição recheada de discriminações, amparada em privilégios monárquicos, eivada de vícios, acostumada a violências que ceifaram muitas vidas principalmente dos que se opõem aos seus interesses.
     
    Trucidamentos como o da vereadora Marielle cuja autoria deve se ocultar por trás dessas castas relembram outras mortes como a de Margarida Alves assassinada na janela de casa por pistoleiros a mando dos latifundiários, cujos netos ainda se encontram encastelados em mandatos eletivos, protegidos por leis casuísticas das responsabilidades inerentes a qualquer cidadão comum, esse exposto aos rigores de uma Justiça que enxerga bem a quem sentenciar.
     
    O suplente de senador tem razão na sua crítica ao considerar que esse poder plenipotenciário ainda continua vivo e agindo de forma incisiva em todos os setores da sociedade e com muita força e prestígio para que não se altere esse cenário ainda medieval, o que torna ainda mais procedente o protesto de Tavinho Santos a lutar contra moinhos de vento quando se dispõe pleitar um mandato de deputado estadual. (jampanews)