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  • 18.11.2014 - 13:41

    STJ rejeita pedido de liberdade do pai do menino Bernardo


    • O STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitou o pedido de liminar para colocar em liberdade o médico Leandro Boldrini, réu no processo sobre a morte do filho Bernardo, que foi assassinado aos 11 anos, em abril passado, no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada na última sexta-feira (14) e divulgada nesta segunda (17).

      A defesa de Boldrini, que está preso desde 14 de abril, também pedia o reconhecimento da incompetência do juízo de Três Passos (RS) para julgar a causa e a transferência do processo para Frederico Westphalen (RS).

      O pedido foi negado pelo desembargador Newton Trisotto. Ele alegou que se trata da morte violenta de uma criança e que depoimentos de testemunhas revelam o temor de represálias em razão da posição social e profissional do réu.

      O julgador também entendeu que a transferência do caso não deve ser feita porque Três Passos é a cidade onde moravam a vítima e os envolvidos, onde a investigação se realizou e onde aconteceram atos do crime.

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      É a terceira vez que as liminares são rejeitadas. Antes, o juiz de primeiro grau e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) já haviam negado os pedidos.

       

      O processo tramita em Três Passos, de onde, de acordo com as investigações, o menino foi levado pela madrasta para ser morto em Frederico Westphalen.

      O caso

      Também foram presas Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, e Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta. O irmão desta, Evandro Wirganovicz, também foi detido. Os três e Leandro Boldrini foram acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

      Bernardo foi morto com uma dose letal de um remédio na veia. A denúncia aponta que a madrasta deu um calmante ao menino e o levou de carro de Três Passos para Frederico Westphalen. Lá, encontrou a amiga, que levou os dois em seu carro até o local em que foi dada a dose fatal. O corpo do menino foi colocado em um buraco aberto por elas com antecedência.

      O pai teria sido o mentor e incentivador do crime. Evandro Wirganovicz teria comprado as ferramentas para abrir a cova e a soda cáustica colocada sobre o corpo. Também teria coberto a cova e se desfeito das roupas do menino.