Página inicial

Notícia > Política

  • 26.10.2016 - 03:17

    Servidores técnico-administrativos da UFPB deflagram greve; professores não aderem


    Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovaram por unanimidade, nesta terça-feira (25), no Centro de Vivência do campus I da universidade, paralisar suas atividades até que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/16 seja rejeitada pelo Congresso Nacional. A PEC, que limita os gastos públicos, já foi aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados. Agora, segue para o Senado.

    Uma assembleia setorial será realizada com os servidores técnico-administrativos do Hospital Universitário Lauro Wanderley, ainda a ser agendada, para discutir a participação no movimento e definir equipes para garantir os serviços essenciais que não podem ser prejudicados.

    A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (SintesPB), Marizete Figueiredo, disse que a razão dessa greve não é meramente econômica, é contra todos os "desmandos" que a PEC representa não apenas para os servidores públicos, mas para toda classe trabalhadora e a população no geral.”Claro que não vamos esquecer o cumprimento do acordo de greve 2015, na parte relacionada ao aprimoramento de carreira”, disse.

    Os servidores avaliam que a PEC 241 vai limitar por 20 anos os investimentos públicos em educação, saúde, segurança, infraestrutura, além de congelar salários e outros benefícios do servidor público.

    Segundo os servidores, a greve deflagrada nas universidades é também em protesto contra a Lei de Escola Sem partido, cobrança de mensalidades nas universidades, extinção do Programa Ciência Sem Fronteiras, redução de verbas no Pronatec, Fundo de Financiamento Estudantil – Fies, Programa Universidade para Todos-ProUni, contra a reforma da previdência que institui a idade mínima de 65 anos de idade para homens e mulheres, reforma trabalhista que retira direitos e a do ensino médio.

    Com a adesão dos servidores da UFPB à greve Nacional comandada pela Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil-Fasubra, já são 27 universidades que estão com suas atividades paralisadas até o momento em todo país num universo de 51 instituições, que ainda estão realizando assembleias.

    Apesar da greve dos servidores técnico-administrativos, os professores ainda não decidiram dar início a greve. Após o dia 11 de novembro, deverá acontecer assembleia da categoria para deliberar sobre o assunto. 


    Leia nota da Aduf:

    NOTA DA ADUFPB

    A Diretoria Executiva da ADUFPB informa que a assembleia realizada na manhã desta terça-feira (25/10) foi organizada pelos SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS da UFPB e não pelos professores. Reitera, portanto, que NÃO HÁ QUALQUER DECISÃO APROVADA PELOS DOCENTES EM FAVOR DE GREVE POR TEMPO INDETERMINADO.

    A última assembleia realizada pela ADUFPB aconteceu no dia 20 de outubro. Na ocasião, os docentes aprovaram a participação da categoria na construção da greve geral dos trabalhadores, que está sendo convocada pelas centrais sindicais.
    Entretanto, a data dessa possível greve ainda não está definida e depende de debates que estão ocorrendo nas bases sindicais das diversas categorias de trabalhadores.

    A próxima assembleia docente não tem data definida, mas acontecerá apenas após o dia 11 de novembro.

    Diretoria Executiva da ADUFPB