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  • 11.01.2015 - 08:14

    Senadores se manifestam contra criação de imposto para financiar saúde


     Em meio a ameaças de corte e diante de um crescimento inferior a 1% da economia no ano passado, o governo não descarta a volta da contribuição provisória sobre movimentação financeira (CPMF) ou um novo tributo que banque o Sistema Único de Saúde. Mesmo sendo favoráveis a mais verbas para o setor, senadores de diversos partidos já adiantaram que são contrários a ideia.

    Apesar de ter votado favoravelmente a CPMF no passado e admitir que faria o mesmo agora, o senador e médico Waldemir Moka (PMDB-MS) avalia que a proposta não seria aprovada pelo Congresso Nacional. “Eu acho que não tem clima pra isso no Congresso. Nós temos que pensar numa forma de financiamento, mas CPMF eu acho difícil.

    O líder do Democratas, senador José Agripino, do Rio Grande do Norte, avisou que a oposição vai impedir não só a volta da CPMF, como a criação ou aumento de qualquer imposto. “Já está falando em imposto da saúde, em volta da CPMF, isso aí nós não vamos por hipótese alguma concordar porque isso torna o Brasil ainda mais incompetitivo, porque quanto mais imposto, mais cara fica a vida da sociedade”, disse.

    O vice-líder do PSB, senador João Capiberibe, do Amapá, não descarta o debate, mas é contrário à nova CPMF ao defender uma auditoria nos gastos no Ministério da Saúde. “O que sabe é que existe um desvio grande dos recursos, então talvez fosse o caso de investir pesadamente na contratação de auditores”.

    Criado em 1993, o imposto sobre o cheque foi extinto em janeiro de 2008 após o Senado rejeitar a prorrogação da cobrança de 0,38% sobre todas as movimentações financeiras. O governo deixou de arrecadar, na época, R$ 40 bilhões.