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  • 10.06.2018 - 07:32

    Sem brilho e entusiasmo, a chapa Lucélio/Micheline é batizada de "papai e mamãe" e faz a festa dos adversários


     Foi absolutamente demolidor o apoio dado pelo ex-assessor de gabinete do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), Renato Martins, a candidatura do senador José Maranhão (MDB). 

     
    A notícia da adesão abalou o pouco do que restava de confiança entre o prefeito da capital e o que sobrou do grupo do senador localizado em Campina Grande onde um Romero Rodrigues ainda tímido demonstra que não adquiriu envergadura suficiente para apontar os rumos que são do interesse da sua imatura liderança e que a voz de comando de Cássio ainda o assusta e o enquadra.
     
    Para restabelecer a confiança estremecida com a turma de João Pessoa, Cássio teve que acelerar a formação da chapa destinada atravessar o período junino sem maiores turbulências além das provocadas pelo estilo de administrar sem que os compromissos financeiros sejam honrados.
     
    E dona Micheline foi arrancada dos seus afazeres domésticos e profissionais para se transformar numa liderança política até então desconhecida cujo discurso de lançamento de sua pessoa no mundo dos homens da família foi revelador por definir o que sua candidatura representa: um conchavo familiar destinado atender aos interesses de um grupo que já não mantém nenhuma identidade com o eleitor.
     
    Com a adesão de Martins, alastrou-se o pânico no Paço Municipal ao ver a foto do sorridente assessor de gabinete do aliado ao lado do candidato José Maranhão a sinalizar o que se diz aqui e no resto do mundo: que Cássio reprisa a velha novela de traições e ardis com a qual destruiu muita gente e se prepara para abduzir o incauto Lucélio.
     
    O nome de Micheline seria apenas mais uma armadilha para evitar que os gêmeos corram para os braços de Ricardo e muitos apostam que essa chapa será desfeita assim que as fogueiras do conturbado São João se apaguem.
     
    Não se pode conceber que Cássio espera ganhar um pleito dessa dimensão apoiado numa chapa formada por Lucélio e Micheline cuja repercussão descambou para a gozação dos adversários que já a batizaram de “papai e mamãe” de tão aguada e insossa.
     
    Que serviços prestaram Lucélio e Micheline para convencer o eleitor de que merecem subir as escadas do Palácio da Redenção? Com que argumento eles pretendem desfazer o que foi feito por Ricardo e Maranhão? Sinceramente, nada mais ridículo podia ser concebido e só a total falta de pudor político podia anunciar uma chapa dessas.
     
    Por mais atrasada que seja a Paraíba politicamente não se pode conceber que o eleitor se deixe comover por esse apelo piegas e vote em dois ilustres desconhecidos, cuja reputação baseia-se no brilho alheio, sendo um irmão e outra esposa, como se por fim anunciassem o surgimento de uma nova dinastia.
     
    Ao final, o senador José Maranhão agradece porque pode apresentar ao eleitor em contrapartida o seu vasto currículo e a sua extensa folha de serviços prestados, o que explicaria sua folgada vantagem já sendo anunciada pelas sondagens de consumo interno.
     
    Se Cássio perdeu porque não tinha nada opor em termos administrativos, Maranhão tem um cabedal respeitável capaz de anular o tão propalado legado socialista e é isso o que as sondagens de bastidores estão demonstrando de forma cabal. (jampanews)