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Notícia > Política

  • 05.07.2018 - 05:20

    Raíssa chama Lucélio de marionete e reafirma apoio a Zé


    A vereadora Raíssa Lacerda, recém-convertida ao candidato José Maranhão, disparou um petardo sobre o candidato Lucélio Cartaxo ao defini-lo como marionete das pretensões política do irmão prefeito. No entanto, a alfinetada de Raíssa pode atingir outras almofadas já que as candidaturas postas, com exceção da do velho cacique de Araruna, sofrem da síndrome da falta de identidade não adquirida.

    Não apenas Lucélio pode ser taxado de marionete como também a carapuça cabe certinha na cabeça de João Azevedo tido até agora como um preposto do governador Ricardo Coutinho.

    A pecha lançada por Raíssa pode ter dois endereços: o Palácio da Redenção e o Paço Municipal, onde duas figuras sem trajetória política saem dos laboratórios partidários, ou dos coletes de seus patronos, para disputar o mandato de governador, o mais alto posto do Estado, sem que exibam qualquer experiência de relevo que possa credenciá-los ao cargo, quando muito meros auxiliares de gestões mais ufanistas do que propriamente meritórias, já que pagar em dia o funcionalismo se tornou motivo de alarde mostrando o quanto se regrediu nesse quesito da administração pública, onde o dever deixou de ser obrigação e passou a ser façanha de Governo.

    Essa falta de identidade e esse escasso cartel político seriam a explicação para o favoritismo de um candidato cujo prazo de validade devia estar vencido há tempo, mas que continua expandindo força e reverberando prestígio popular constituindo-se um fenômeno que tem intrigado os especialistas em política.

    Tanto Lucélio como João passam ao eleitor a forte impressão de que apenas representam um papel, entoam um discurso que não é deles, apenas eco do que já foi dito e replicado por outros.

    Essa sensação de refugo eleitoral, de marionete dos projetos alheios, estaria desestimulando o eleitor desejoso de ver no comando alguém com personalidade própria, sem ser apenas um espelho, onde os anseios e vaidades de terceiros se reflitam e tracem os rumos dos seus passos.

    Essa autenticidade que falta aos dois parece sobrar no velho soba de Araruna e ele estaria sabendo tirar proveito da situação ao se colocar em sintonia com o que lhe resta de tempo. 

     

    Marionetes

     

    A vereadora Raissa Lacerda (PSD) provocou o pré-candidato ao Governo pelo PV, Lucélio Cartaxo, afirmando que ele seria desconhecido e não teria serviços prestados ao Estado, prevendo sua possível desistência. As declarações foram dadas durante entrevista na TV Master, na noite desta terça-feira (04).

    “No sertão, eu ficava constrangida porque perguntavam o que ele tinha sido e eu respondia apenas que era irmão do prefeito”, disse.

    Em outro trecho da entrevista, a vereadora afirmou que Lucélio poderia desistir de sua pré-candidatura ao Governo. “Eu acho difícil a população aceitar o monopólio: um irmão na prefeitura e outro no Governo. Ele é uma marionete tirada do bolso do prefeito. Nem vereador ele foi. Da mesma forma que o prefeito Luciano desistiu, há muitos comentários de que Lucélio pode desistir”, alfinetou.

    Ela garantiu que sua promessa de levar mais cinco vereadores para a base do candidato a governador pelo MDB Zé Maranhão já está quase cumprida. “Dois deles já tomaram café com Zé na minha casa. Gostaram tanto que ficaram até meia-noite”, disse ela, acrescentando que outros três estariam “na agulha”: “Eles pediram que esperássemos até agosto para que eles não perdessem os cargos na prefeitura e nem fossem perseguidos”, afirmou.

     

    (Jampanews)