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Notícia > Política

  • 21.11.2017 - 08:58

    PF prende ex-gerente da Transpetro pela 47ª fase da Lava-Jato


    A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira a 47ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Operação Sothis. A investigação mira um esquema de repasses ilegais de uma empreiteira para um funcionário da Transpetro, subsidiária da Petrobras, em troca de contratos com a estatal. Foi preso na Bahia o ex-gerente da Transpetro na região nordeste José Antonio de Jesus. Ele é alvo de um pedido de prisão temporária.

    José Antonio é suspeito de ter recebido R$ 7 milhões em propina pagos por uma empresa de engenharia entre setembro de 2009 e março de 2014. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a compania subornava o então funcionário da Transpetro para obter vantagens ilícitas com a subsidiária. Para mascarar a origem ilícita do dinheiro, o valor teria sido pago por meio de depósitos realizados em contas bancárias de familiares e intermediários do ex-gerente.

    O ex-funcionário, de acordo com o MPF, pediu para receber 1% do valor de contratos da empresa com a Transpetro como forma de propina - o valor final, no entanto, foi fixado em 0,5%. O acerto teria sido pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), embora a empresa, ainda de acordo com o MPF, também recebesse dinheiro do PMDB de forma independente.

    As investigações tiveram início com a delação premiada de um dos executivos da empresa de engenharia.

    Além do mandado de prisão temporária do ex-gerente, foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e cinco mandados de condução coercitiva. A operação acontece em quatro estados: Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo.

    Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O mandado de prisão será cumprido na Bahia e o preso levado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A PF prestará mais esclarecimentos sobre a operação em seu auditório no decorrer da manhã.

    O nome Sothis é referência à uma das empresas investigadas, chamada Sirius — a estrela Sirius era chamada pelos egípcios de Sothis.