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  • 19.12.2017 - 06:33

    MP se reúne com Flamengo e abre investigação sobre barbárie no Maracanã


    Flamengo e Ministério Público se reuniram no fim da tarde desta segunda-feira (18) para um debate sobre os episódios de violência protagonizados na decisão da Copa Sul-Americana, quarta-feira passada (13), no Maracanã. O clube entregou um documento com todas as informações prévias da partida contra o Independiente-ARG e se colocou à disposição para ajudar na identificação dos envolvidos.

    Por sua vez, o Ministério Público abriu uma investigação para apurar o caso. Punições aos torcedores e facções organizadas não estão descartadas.

    "O MP vem se estruturando para enfrentar essas mazelas. A criação do grupo de Defesa do Torcedor já é uma sinalização inequívoca disso. Daremos boa resposta, já que isso acontecido com frequência. Vamos aprofundar as investigações e divulgar os resultados em breve", afirmou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.

    Flamengo pediu ‘reforço máximo‘ de segurança antes de final

    "Já iniciamos as investigações para apurar os fatos e notificamos os órgãos competentes para que haja prevenção. Pode ocorrer suspensão de torcidas e prisão dos que sejam identificados", completou a promotora de justiça e integrante do grupo de Defesa do Torcedor, Glicia Pessanha Viana Crispim.

    O Flamengo foi representado no encontro pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e pelo vice jurídico Flávio Willeman. Em entrevista coletiva, o mandatário falou sobre os problemas

    "Estamos envergonhados com o que aconteceu. Ver que quase todos os vândalos, bandidos, usavam a camisa do Flamengo. Estamos profundamente consternados com isso. E os mais de 50 mil que compraram ingressos foram vítimas de bandidos. Isso nos incomoda bastante. Não sugerimos soluções no documento. Comprovamos as ações do Flamengo previamente ao jogo. Trouxemos elementos completos que provam tudo o que o fizemos para prevenir e alertar as autoridades. Tínhamos ameaças de invasão, milhares de argentinos no Rio de Janeiro sem ingresso. O Flamengo está à disposição do Ministério Público para participar de qualquer ação e tentar acabar com isso", comentou.

    Sobre a possibilidade de interdição do Maracanã, o procurador Eduardo Gussem mostrou que o caminho não deve ser seguido pelo Ministério Público.

     

    "O que aconteceu foi um evento esporádico, uma concentração muito grande de pessoas. Mas é possível que façamos uma análise e perícia no estádio. Só que o problema não foi o estádio, o Maracanã está acima da média. As imagens falam por si. São fatos lamentáveis. O presidente Bandeira tem total consciência de que a responsabilidade antes, durante e depois dos jogos é do clube mandante", encerrou. (Folhapress)