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  • 17.08.2015 - 15:56

    Justiça condena Cerveró e delator de Cunha na Lava Jato


    SÃO PAULO (Reuters) - A Justiça Federal do Paraná condenou nesta segunda-feira o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró a 12 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro referentes à contratação de navios-sonda pela estatal.

    No mesmo processo também foram condenados o empresário Julio Camargo, delator que acusou o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras, e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema corrupção, revelado pela operação Lava Jato da Polícia Federal e do Ministério Público. Tanto o partido quanto Cunha negam as acusações.

    Fernando Baiano foi condenado a pouco mais de 16 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Tanto ele quanto Cerveró começarão a cumprir a sentença em regime fechado, de acordo com a decisão do juiz federal Sérgio Moro, a qual ainda cabe recurso.

    Já Camargo foi condenado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, mas como fez acordo de delação premiada teve sua pena reduzia para cinco anos em regime aberto diferenciado, que o obriga a realizar serviços comunitários, informar e justificar à Justiça sobre quaisquer viagens internacionais, entre outras restrições.

    Moro também determinou o confisco judicial de bens de Baiano e de Cerveró para o pagamento de indenização de 54,5 milhões de reais para a Petrobras.

    Ao dar a sentença, Moro disse que caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se o presidente da Câmara é culpado, já que como parlamentar ele tem foro privilegiado. Camargo acusou Cunha em depoimento de lhe pedir pessoalmente o pagamento de 5 milhões de dólares em propina,

    "Caberá, como é óbvio, exclusivamente à Suprema Corte decidir sobre o eventual envolvimento do referido deputado nos crimes, como beneficiário de parte da propina", escreveu Moro.

    UOL


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