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  • 21.02.2018 - 07:35

    GOVERNO PARALELO: rompimento de Zé com Cartaxo teve conspiração de Manoel Júnior


     Há um aspecto da questão envolvendo o rompimento do senador Maranhão com o prefeito Luciano Cartaxo que passou despercebido de muita gente menos do polêmico radialista Fabiano Gomes. Segundo Fabiano, Manoel Junior estaria empanturrando a prefeitura de contratações, alegando que seria pedido específico do senador José Maranhão, presidente estadual da legenda, o que levou Cartaxo a contemplar o MDB, acreditando estar tratando e atendendo o aliado importante.

     
    Ao constatar que, mesmo depois de atender a essa demanda relativamente abusiva já que foram muitas as contratações, Maranhão se lançava candidato, Cartaxo procurou mostrar ao senador que todos os seus pedidos haviam sido rigorosamente atendidos, mostrando que teria se comportado com lisura em relação ao aliado e ao acordo preliminarmente firmado.
     
    Ao se deparar com essa contabilidade, Maranhão revelou que não seriam deles os pedidos de emprego e que as contratações seriam responsabilidade e cota do vice Manoel Junior já trabalhando pelas costas do prefeito e mostrando toda sua capacidade de conspirador.
     
    Governo paralelo na PMJP
     
    Em razão dessa farra o prestígio de Manoel Junior vinha crescendo com muita intensidade junto a líderes comunitários, funcionários contemplados com gratificações, e, principalmente junto aos vereadores que não conseguiam essas facilidades com Cartaxo e recorriam a Manoel Junior para realizar seus projetos políticos, quase todos voltados para dependurar correligionários nos cofres públicos.
     
    Enfim, na prática, Cartaxo constatou que já havia um governo paralelo dentro da sua gestão mesmo antes dele entregar o cargo, o que revela toda capacidade de traição e toda fama de insurreto que Manoel Junior conquistou ao logo de sua trajetória política.
     
    Um exemplo marcante dessa esperança de bonança com o dinheiro público seria o vídeo postado pela vereadora Raíssa Lacerda louvando o adventício de Manoel Junior cuja capacidade de manipulação e malversação de recursos desenvolveu em estágios preparatórios com Eduardo Cunha.
     
    Em razão dessas manobras de bastidores, contemplando o que há de mais suspeito e indecente da política pessoense, é que Manoel Junior vinha sendo incensado e cortejado pela classe política da capital toda voltada para a posse do vice e torcendo para ver Cartaxo pelas costas, atirado a uma aventura política que podia significar o seu sepultamento público.
     
    Esse é o estilo Manoel Junior de fazer política sempre dando rasteiras e golpeando pelas costas como fez com Dilma Rousseff, com Eduardo Cunha, com Maranhão e agora com Cartaxo ao se colocar como uma opção de melhores dias para aqueles que, iguais a ele só entendem a administração pública como um meio de se locupletar.
     
    Fornecedores e Prestadores
     
    Mas, o dissimulado, astuto e traiçoeiro, vice, não ficou só no agrado a ala política do esquema do prefeito: ele estendeu seus tentáculos também a fornecedores e prestadores de serviços, supostamente acenando com vantagens bem ao estilo Cunha de fazer política, aquele estilo que transformou o velho PMDB em uma das mais azeitadas organizações criminosas da história política desse país e que, como desdobramento de toda essa atividade criminosa hospeda boa parcela dos seus integrantes nos principais presídios brasileiros, ao exemplo do que acontece com o PMDB carioca.
     
    Já era tão marcante a atuação insidiosa do vice de Cartaxo que o prefeito reconheceu diante do que ainda lhe resta de fiel e leal na prefeitura que sua candidatura não seria um objetivo de promoção e fortalecimento do grupo que lidera, mas apenas um meio para que seu vice ascendesse ao cargo e a farra dos sem compromisso com o dinheiro público tivesse começo.
     
    O que se sabe hoje e o que foi revelado pelo radialista é que a atuação de Manoel Junior nos bastidores, não apenas prejudicou o relacionamento entre Cartaxo e Maranhão como pôs fim a todo projeto político do prefeito prejudicado pelas cavilações e pela falta de caráter do companheiro de chapa.
     
    Tão devastadora foi a atuação de Manoel Junior que Cartaxo chegou a dizer aos amigos e familiares que, “não estão querendo que eu saia pra ser governador, mas por causa da festa que Manoel Junior prometeu na prefeitura”.
     
    Diante da comprovação dessa atividade insidiosa, Cartaxo, e o que lhe resta de fiel, concluiram que não há mais clima de confiança entre eles e o vice e já se preparam para deter e neutralizar esse governo paraleleo montado sob a inspiração de que, o titular deixaria vago o cargo e que depois disso, o céu seria o limite na nova gestão.
     
    Na verdade, mas farra do que festa, já que as promessas do vice não teriam limites e ele pretendia incluir inclusive aquele pessoal do velho e querido amigo hospedado em Curitiba nas tetas da prefeitura de João Pessoa, através dos vínculos de parentesco que Cunha tem na Paraíba.
     
    O que o radialista revelou mostra que o rompimento e o fim dos projetos ambiciosos de Cartaxo foram para o fundo por obra e graça de MANOEL JUNIOR, incapaz de resistir à sua vocação de escorpião. 
     
    Bem antes de sair, o prefeito já estava sendo apunhalado, gesto que Manoel Junior nunca hesitou fazer quando teve a oportunidade: foi assim no impeachment de Dilma, na cassação do mandato de Cunha e agora com Maranhão e Cartaxo, quando passou a perna nos dois e nomeou a vontade na conta do senador.
     
    O áudio postado confirma o enorme prestígio do vice-prefeito junto a classe política quando foi entusiasticamente recepcionado na Câmara Municipal ao acompanhar Cartaxo na abertura dos trabalhos do Legislativo. (com JAMPANEWS)