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• 21.04.2018 - 12:19
  

  Gatunos esperam pegar dinheiro de empréstimo para turbinar campanha eleitoral na PB

  
  

   De olho nas investidas que estão sendo feitas aos cofres públicos a pretexto de viabilizar obras e serviços. A corrida a Brasília em direção aos recursos embutidos nos diversos ministérios tem sido intensificada numa desesperada e carcomida manobra para se abastecer os cofres de campanha e torrar o dinheiro do contribuinte em mais uma investida onde o interesse público passa muito longe dessas cavilações típicas de velhos e conhecidos espertalhões.

   
  A história dessa sangria do dinheiro público passa sempre por uma história bonita e bem contada que pode ser descrita como dourar a pílula para enganar os trouxas de sempre. 
   
  E dessa vez ela vem em forma de um empréstimo internacional que precisa de aprovação do Senado sempre na velocidade da luz onde, quando e como, as aves de rapina possam cravar suas garras em fábulas de dinheiro.
   
  Velho alquimista do dinheiro público transformado em patrimônio pessoal, o senador Cássio Cunha Lima, aproveitando a titularidade de presidente daquele antro de suspeitíssimas operações, revelou, aos mais atentos, porque tanto interesse em contar com a prefeitura da capital nessa campanha.
   
  Ele, na sua congênita esperteza, levou a reboque o prefeito Luciano Cartaxo, para se habilitar a pôr a mão nessa fortuna que depois de debulhada terá múltiplas utilidades, entre elas turbinar a campanha do irmão Lúcelio, a dele, a do filho e de outros mais íntimos, porque já se sabe que é com recurso público que ele sabe irrigar as urnas, o que já o fez perder um mandato.
   
  O Ministério Público podia fechar a porteira antes de arrombada e fiscalizar de perto, mais de muito perto, com lupa e com tudo mais que possa diminuir as sombras que encobrem essas transações, suspeitíssimas, promovidas por um Governo suspeitíssimo como o de Michel Temer.
   
  Não se pode admitir que uma prefeitura, sob investigação do MP e da PF, possa se habilitar a receber um empréstimo nesse valor principalmente em ano eleitoral e que essa operação esteja sendo conduzida por reputados espertalhões, verdadeiros escoadouros do dinheiro público também investigados por uso de caixa 2, sem que haja qualquer manifestação dos órgãos fiscalizadores.
   
  Se gasta muito com operações espetaculares, cinematográficas, de denominações mitológicas, para se denunciar essa corja que não resiste nem desiste de assaltar o dinheiro público, quando uma simples medida profilática e preventiva impediria que esses malandros metessem a mão no alheio.
   
  São 200 milhões que estão sendo acelerados em Brasília para irrigar as prefeituras de João Pessoa e Campina Grande: assim dá para eleger um presídio.
   
  São com expedientes como esse, que transcrevemos abaixo, que a nata da malandragem se reúne para forçar as fechaduras dos cofres públicos e fazer jorrar o dinheiro do contribuinte para abastecer os intermináveis esquemas de corrupção.
   
  Tudo muito bonitinho, tudo muito arrumadinho, mas por baixo aqueles sepulcros caiados que as sucessivas operações policiais vão desenterrando.
   
  MP, PF, olho nessa rapaziada exaustivamente conhecida e tarimbada.
   
   
  O prefeito Luciano Cartaxo e a equipe técnica da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) iniciaram, na manhã desta sexta-feira (13), uma rodada de reuniões articuladas pelo presidente em exercício do  Senado, Cássio Cunha Lima, na Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, em Brasília, para acelerar o processo de liberação do empréstimo de U$ 100 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento  (BID) para a implementação do Projeto João Pessoa Cidade Sustentável, em parceria também com a Caixa Econômica Federal.
   
  A expectativa é de que nos próximos 15 dias, o projeto esteja com o parecer pronto para ser enviado ao Senado Federal.
   
  A audiência, realizada na manhã desta sexta-feira, com a subsecretária de Relações Intergovernamentais do Tesouro Nacional, Priscilla Santana, contou com a participação do secretário da Receita de João Pessoa, Adenilson Oliveira, e o contador do Município, Ronilli Pacelli. Durante a tarde, haverá uma reunião técnica para a análise de novos documentos que foram encaminhados, para que possa ser elaborado o parecer final.
   
  “Acrescentamos novos documentos que serão analisados pelo Tesouro Nacional e acreditamos que muito em breve o Tesouro Nacional apresente o seu parecer para que os senadores possam votar e aprovar o empréstimo, que será fundamental para executarmos nosso planejamento para a João Pessoa que queremos pelos próximos 30 anos. A aprovação no Senado é a última fase e contamos com o apoio dos nossos senadores”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.
   
  O projeto conta com 60 ações de grande porte que vão preparar a Capital paraibana para quando ela atingir a marca de um milhão de habitantes.
   
  Dentre as ações, estão a construção de conjuntos habitacionais no complexo da Beira Rio, envolvendo oito comunidades que serão completamente urbanizadas; a implementação da Escola de Governança e Gestão, que irá qualificar cada vez mais os profissionais da Prefeitura; além de um investimento importante na segurança urbana e cidadã, por meio da instalação do Centro de Cooperação da Cidade (CCC), onde será unificado todo o monitoramento da cidade, do trânsito às equipes de prevenção de desastres naturais, entre outras ações. (jampanews)