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  • 18.04.2019 - 05:23

    Deputado Pedro Cunha Lima considerou absurda imposição de ministro contra imprensa


    "Da imprensa, eu prefiro o erro à censura". A frase é do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), ao comentar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de censurar a revista Crusoé e o site O Antagonista, determinando que a reportagem sobre o presidente da alta Corte, Dias Toffoli, citado pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht em depoimento à Polícia Federal fosse retirada do ar.

     

    O tucano considerou absurda a imposição do ministro de amordaçar a imprensa. "Censura é o cúmulo. Qual foi a última vez que vimos no Brasil uma revista censurada? Se tivesse falado mal da Câmara não tinha censura. Com o STF não pode. Absurdo", criticou.

     

    O material retirado do ar por decisão de Moraes é a capa da última edição da revista Crusóe, intitulada "O amigo do amigo de meu pai", que faz menção ao depoimento de Marcelo Odebrecht a Polícia Federal sobre um pedido de esclarecimento a um personagem que ele cita em um e-mail como "amigo do amigo de meu pai", que seria Toffoli. A decisão também atinge O Antagonista, que faz parte do mesmo grupo de comunicação. A reportagem foi publicada com base em um documento que constava dos autos da Operação Lava Jato. O documento foi retirado dos autos um dia após a publicação.

     

    O parlamentar da bancada paraibana ainda ressaltou que "as instituições devem funcionar para deixar a censura no passado. Há outros meios para lidar com aquilo que é publicado" e acrescentou: "É um precedente perigoso. A partir de agora, o STF vai funcionar como órgão de censura do que se publica? Serve para todos ou apenas com o que diz respeito ao próprio Supremo?", questionou.

    Assessoria