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  • 16.08.2015 - 16:32

    Chega de tanta mentira, de tanta corrupção, diz Aécio


     O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou neste domingo, 16, do protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Em breve discurso, feito sobre um dos carros de som, Aécio disse "chega" às mentiras, à corrupção e ao desprezo aos brasileiros. 

    "Chega de tanta mentira, de tanta corrupção, de tanto desprezo aos brasileiros. Vamos estar sempre juntos, porque o meu partido é o Brasil", disse Aécio, que é presidente nacional do PSDB. 

    Em entrevista antes de subir no caminhão de som , ele disse ter ido à Praça da Liberdade como cidadão "participar deste momento extraordinário da vida brasileira". O parlamentar disse ainda estar "indignado com a mentira, com a corrupção, com a incompetência desse governo". 

    Aécio citou algumas questões da crise como os juros altos, corrupção, alta taxa de inflação como "uma obra de um governo que não prioriza os interesse do País, mas seus próprios interesses de manutenção do poder". Ele ainda comentou que o Brasil vai encontrar seu caminho com a força de sua gente não importando o tamanho da manifestação. "Vamos superar as dificuldades. O Brasil é mais forte que isso. Só não sei se é esse governo que vai conseguir superar as dificuldades", afirmou.

    Questionado se ele vai se candidatar, caso haja saída de Dilma, em novas eleições, Aécio disse que candidatura não é projeto pessoal. "Eu tenho muita disposição de impedir que esse governo continue fazendo tanto mal aos brasileiros", falou. Aécio também defendeu as instituições brasileiras que, conforme ele, não deve agir de forma constrangida pelo governo federal e têm que exercer seu papal com equilíbrio e isenção.

    O senador mineiro chegou à Praça da Liberdade por volta das 11h30 e subiu duas vezes nos carros de som. Na primeira vez cantou o Hino Nacional com um exemplar da Constituição nas mãos, dizendo que o Brasil despertou e que "o meu partido é o Brasil". Na segunda vez, se disse emocionado de ver no coração de Minas Gerais o povo na rua. Disse também que será o povo que vai tirar o Brasil da crise. Andou em volta da praça cumprimentando o povo e foi muito aplaudido e ouviu gritos de "Aécio presidente" .Aécio estava acompanhado de dirigentes do partido em Minas como o deputado estadual João Leite e o deputado federal Marcus Pestana. Também o acompanhava o presidente do diretório estadual do PSDB, Domingos Sávio. 

    No Twitter, pela manhã, Aécio havia confirmado que participaria do protesto. A página oficial do PSDB no Twitter também divulgou vídeo de Serra convocando para os protestos. Na gravação, Serra convida o brasileiro a ir manifestar pela defesa da democracia. 

    "Não deixe de ir às ruas, não deixe de ir às manifestações, manifestações em defesa da democracia, manifestações em protesto ao governo e ao sistema que foi instalado no Brasil desde 2003", diz o tucano. "Manifesto em defesa da reconstrução da vida pública, da moral, da economia e da política brasileira."

    Em Brasília, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff "está, sobretudo, nas mãos do PMDB", principal partido de sustentação do governo federal. "Não há divisão do PSDB sobre esta questão", afirmou o parlamentar, que participou do protesto na Esplanada dos Ministérios. "O impeachment não depende exclusivamente do PSDB. A chave dessa questão está, sobretudo, nas mãos do PMDB." 

    O tucano afirmou ainda que o PMDB tem a presidência da Câmara, com o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), e que cabe ao parlamentar dar prosseguimento aos vários pedidos de impeachment que estão sobre à mesa. "O PMDB sim, está dividido", disse.

    Indagado por uma manifestante sobre o que achava do "conchavo" entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Aloysio afirmou: "Esse conchavo tem fôlego curto. A crise é forte, o desemprego é grande e a corrupção cada vez mais provoca a indignação das pessoas. Não há conchavo que segure essa onda."

    O senador tucano disse que participou da manifestação deste domingo por iniciativa pessoal, já que, apesar de o PSDB ter convocado os manifestantes, os protestos são apartidários. "O grau de reprovação da presidente Dilma é oceânico, independente do número de pessoas nas ruas, que é grande", afirmou.

    msn