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Notícia > Política

  • 30.06.2015 - 06:45

    Celulares são barrados em reunião com Lula


     Para evitar vazamentos, deputados e senadores petistas deixaram celulares fora da sala onde ocorreu, na noite desta segunda-feira (29), reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro foi em um um centro de convenções em Brasília.


    A medida visa evitar novos constrangimentos após virem a público críticas feitas por Lula em um encontro fechado a líderes religiosos. Na ocasião, ele teria dito feito duras críticas a Dilma, a sua gestão e ao partido, tendo afirmado que a presidente "está no volume morto" e "o PT está abaixo do volume morto".

    Segundo relatos, o acordo de barrar os celulares nesta segunda foi feito pelos parlamentares a fim de deixar Lula “à vontade”. Dessa forma, todos os presentes tiveram que colocar seus aparelhos dentro de sacos plásticos, que eram identificados com o nome do dono e depois guardados em uma sala ao lado onde a reunião acontecia.

    Ao deixar o encontro no meio, o senador PauloPaim (PT-RS) defendeu a medida. “Isso é importante porque você não pode fazer uma reunião da bancada e cada um ouve o que bem entende e diz o que bem entende depois”, justificou.

    O encontro com as bancadas petistas no Congresso foi um pedido de Lula para contornar a crise com o partido, criada após as críticas feitas ao PT e à presidente. Na reunião, segundo Paim, Lula defendeu uma reaproximação do partido com a sua base social. O senador contou que, até onde acompanhou, o foco da reunião foi o debate sobre a “política econômica e social e da importância de acertar o rumo”.

    Questionado, ele disse que Lula não chegou a tocar nas críticas que fez ao PT. “Ele não entrou nisso. Apenas disse que o PT tem como ressurgir com força desde que saiba se comunicar cada vez mais com o movimento social”, afirmou.

    Dos 63 deputados da bancada petista na Câmara, 54 compareceram. Entre os 13 senadores do partido, apenas um faltou. Após Lula abrir o encontro com uma fala inicial, foi dada a palavra aos parlamentares.

    Fernanda Calgaro /G1