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  • 30.10.2013 - 16:42

    As barreiras de Corais e os interesses das administradoras


     A Austrália abriu nesta quarta-feira uma investigação sobre o organismo encarregado de proteger a Grande Barreira de Corais depois que a imprensa informou que dois de seus membros teriam interesse direto na indústria da mineração. O ministro de Meio Ambiente Greg Hunt solicitou uma investigação depois que o canal ABC revelou esse possível conflito de interesse.

     

    Tony Mooney é executivo da companhia de extração de carvão Guildford Coal e Jon Grayson é acionista da Gasfields Water and Waste Services, uma empresa que presta serviços em jazidas de gás. Ambos são membros do diretório do Parque Marinho da Grande Barreira e participaram em um importante encontro no ano passado dedicado à possível construção de portos mineradores no litoral do estado de Queensland (nordeste), diante da Barreira de Corais.

     

    Os assessores científicos propuseram proibir a construção de novos portos desse tipo para evitar potenciais degradações da diversidade litorânea. No entanto, o diretório se limitou a afirmar que o impacto sobre a biodiversidade era um aspecto-chave e pediu para prosseguir com as consultas com as empresas mineradoras.

     

    A Austrália reconheceu oficialmente em julho a degradação da Grande Barreira de Corais, cujo estado é classificado atualmente de medíocre e que a Unesco ameaça colocar na lista de locais em perigo. A Grande Barreira de Corais, inscrita no patrimônio mundial da Unesco em 1981, perdeu mais da metade de seus corais durante os últimos 27 aos e se estende ao longo de 345.000 km2 do litoral australiano.

     

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