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06.02.2017 - 10:16
Focada nos treinos, Giovanna Machado sonha com grandes conquistas nas piscinas
Competir para adquirir mais experiência e se projetar no esporte que ela abraçou e transformou num projeto de vida.
Esse é o lema de Giovanna Machado, essa jovem sagitariana que aos 13 anos de idade já acumula mais de 100 medalhas nas disputas de natação e nado sincronizado.
Em razão dessa dedicação aos treinos Giovanna fica privada dos passeios de lazer, de viagens com a família e das diversões que todo jovem da sua idade abraça sem limite, mas ela não se queixa disso. “Às vezes perco passeios, mas a obrigação vem em primeiro lugar e esse é o esporte que escolhi para fazer parte da minha vida”, sentencia ela com estilo de gente grande.
E essa dedicação aos treinos não prejudica o rendimento escolar? De forma alguma, avisa ela: “Em absoluto. Eu sei disciplinar meus horários. Os treinos, ou competições, não provocam choques com a atividade escolar e nem com os meus estudos em casa. Tudo organizado, sem atropelos, para que no final tudo saia coroado de sucesso”.
Aliás, a palavra disciplina está presente em todos os instantes da vida de Giovanna. Se ela se mantém regrada nos estudos e nos treinos, na alimentação não é diferente. Claro que uma comidinha pesada aqui, um chocolatezinho ali e uns golinhos de refrigerantes quebram as regras da pequena atleta, mas ela tem consciência e se policia. “Tem dias que exagero, mas eu procuro me organizar o mais rapidamente para diminuir. O esporte que pratico exige dedicação e, sobretudo, uma disciplinar alimentar rigorosa”.
Como todo atleta amador que tem grandes sonhos e um dia espera brilhar defendendo as cores do seu Estado e do seu País, a dedicação de Giovanna Machado e sua desempenho em natação e no nado sincronizado esbarram na dificuldade de conseguir patrocinadores. Para o mês de maio já estão agendadas duas competições: Uma em Maceió e outra no Rio de Janeiro, mas ela não tem tanta certeza de participação. Passagens, hospedagens, deslocamento e alimentação pesam no bolso da avó Maria José Machado, com quem Giovanna mora desde novinha. “É muito dispendioso”, diz dona Maria José sempre esperançosa de conseguir um patrocinador para a neta.
- Ela tem potencial, por isso acredito no investimento de algum empresário para transformá-la numa atleta renomada e ganhadora de grandes títulos – profetiza.
A esperança da avó, claro, é a mesma da neta, que não se deixa esmorecer diante das dificuldades que é praticamente generalizada no esporte amador do País inteiro. “Os poderes públicos fecham os olhos para a atividade esportiva não profissional e o resultado é a juventude se afastando cada vez mais da atividade saudável e se aproximando das perigosas, a exemplo da droga e da violência”, observa ela, sublinhando que “Essa é, infelizmente, uma triste realidade”. (MOMENTOPB)