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  • 21.07.2017 - 12:41

    Falta de incetivo pode encerrar carreira promissora de jovem atleta da natação


     Enquanto o país inteiro assiste de camarote a classe política se engalfinhando para saber quem é mais corrupto e em qual operação desencadeada pela Polícia Federal um dos membros será preso, a população, especialmente o jovem,  se vê desprotegida, insegura e sem perspectiva de qualquer projeto futuro que obtenha o incentivo e o patrocínio do poder público. 

     

    Foi numa conversa com a jovem Giovanna Machado, de apenas 14 anos, que aflorou esse pensamento. Infelizmente, uma realidade. Se ainda existe uma parcela significativa da faixa etária de Giovanna que tem esperança na qualificação da educação no País e, associado a essa obrigação constitucional do estado, o apoio efetivo à prática esportiva para formação de futuros atletas nas competições olímpicas, a descrença começa a dominar o pensamento dessa cota não privilegiada pelos entes públicos. 
     
    Ganhadora de várias medalhas nas disputas aquáticas promovidas pelo antigo DEDE, Giovanna já não tem mais aquele entusiasmo. E com razão. Ela precisa aprimorar sua técnica, participar de competições fora do Estado e de um acompanhamento profissional que adeque seu perfil físico à modalidade que pretende se especializar. “A família só não tem condições de desembolsar esse tipo de patrocínio”, revela com um tom de maturidade.
     
    - Gostaria sim de participar de competições arrojadas, mostrar meu potencial, aprimorar técnicas e desenvolver o dom que eu tenho. Infelizmente, apesar do apoio e da competência da equipe técnica que eu treino aqui, mas é muito pouco. Quero ganhar horizontes, visitar os grandes centros e clubes de natação do País, para ser vista e concretizar o meu sonho de competir e, quem sabe um dia, representar o meu País, o meu Estado, em competições internacionais. 
     
    O relato ambicioso de Giovanna Machado, nos verdor da juventude, infelizmente não sensibiliza a nossa representação política, a grande maioria preocupada em se locupletar do dinheiro público, provocando o desencanto, a frustação, a revolta e o encerramento prematuro de uma carreira esportiva que certamente seria coroada de sucesso.
     
    Nilton Tavares Vieira para o MOMENTOPB