Página inicial

Notícia > Política

  • 23.06.2017 - 05:39

    ESCÂNDALO DA LAGOA: Oposição entrega à PF informações sobre parentes de secretário


     “A obra da Lagoa foi concebida para ser superfaturada e para ser um dreno de desvio de recurso público”, é o que conclui o vereador Bruno Farias, líder da oposição na Câmara


    A bancada de oposição na Câmara Municipal de João Pessoa deve encaminhar à Polícia Federal na próxima semana as informações sobre os parentes do secretário Cássio Andrade. No início de junho os vereadores denunciaram ligações entre o secretário de Infraestrutura de João Pessoa e parentes em postos chaves na empresa responsável pela obra da Lagoa e na Caixa Econômica Federal.

    “A obra da Lagoa foi concebida para ser superfaturada e para ser um dreno de desvio de recurso público”, é o que conclui o vereador Bruno Farias, líder da oposição na Câmara, após ler os inquéritos do caso, principalmente no que diz respeito à licitação.

    O vereador ainda ressaltou que “as investigações apontam irregularidades desde o nascedouro da obra, a começar pela composição da Comissão de Licitação”. Segundo ele, a Comissão foi formada majoritariamente por prestadores de serviço e por ocupantes de cargos em comissão. “Como se não bastasse isso, ficou comprovado que a empresa Compecc, vencedora do certame licitatório, alterou o seu próprio contrato social para se adequar ao objeto do Edital de Concorrência Pública”, explicou Bruno Farias.

    Sob o ponto de vista de Bruno, o procurador da República, Yordan Moreira Delgado, também foi categórico ao afirmar que houve superfaturamento na revitalização do Parque Solon de Lucena e que agentes públicos da Prefeitura de João Pessoa, responsáveis por essa obra, estão sendo investigados. A investigação prossegue para verificar a medida e a extensão da participação e da responsabilidade de cada um no escândalo.

    De acordo ainda com o vereador, pelo que foi visto dos autos, ele afirma acreditar que “o Prefeito Luciano Cartaxo, que, pessoalmente, fez questão de acompanhar todas as fases (administrativas, burocráticas, físicas e financeiras) da revitalização do Parque Solon de Lucena, e por ser o ordenador de despesas, o responsável maior da Gestão que comanda, deve, sim, ser indiciado ao fim do Inquérito Policial da PF”.

    Bruno enxerga ter havido favorecimento explícito da Prefeitura de João Pessoa à empresa Compecc na licitação para executar as obras de revitalização da Lagoa. Além dos vícios da licitação, Bruno Farias ainda ressalta que os laudos periciais apontaram um superfaturamento de mais de R$ 6.400.00,00 nas obras da Lagoa. (blog do Pedro Marinho)