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  • 07.11.2017 - 15:31

    Comunistas saem às ruas para lembrar Revolução Russa


    Apesar da postura do governo de Vladimir Putin de não falar dos 100 anos da Revolução Russa, milhares de comunistas saíram às ruas de Moscou nesta terça-feira (7) para festejar o centenário de um dos episódios mais emblemáticos do século 20.

    A celebração ocorreu em clima de tranquilidade e contou com delegações de diversos países do mundo, como Coreia do Norte, China, Cuba, Brasil e Itália. Esta última foi guiada pelo secretário do Partido Comunista Italiano (PCI), Marco Rizzo.

    Durante o ato, o público levantou bandeiras da União Soviética e de legendas comunistas, além de retratos de Lênin e Stálin. A passeata cruzou ruas do centro de Moscou, até chegar à Praça da Revolução, em frente ao Teatro Bolshoi e a uma estátua de Karl Marx.

    Durante a vigência da URSS, o 7 de novembro era celebrado de maneira solene e com paradas militares. Depois do desmanche do país, os festejos oficiais foram interrompidos, mas o Partido Comunista da Rússia, que ainda hoje venera Stálin, nunca deixou de comemorar a ascensão dos bolcheviques ao poder.

    No mês passado, um porta-voz do Kremlin chegou a dizer que não havia "nada para festejar" em 7 de novembro. A data marca o dia - 25 de outubro no calendário juliano então em vigor - de 1917 em que o Soviete de Petrogrado proclamou a dissolução do governo provisório presidido por Alexander Kerensky e decretou a revolução bolchevique que impôs o regime socialista ao país.

    Patriotismo - Se ignoraram a lembrança da Revolução Russa, as instituições preferiram dar destaque ao desfile na Praça Vermelha em lembrança da parada militar de 7 de novembro de 1941, quando soldados soviéticos partiram para combater as tropas nazistas na linha de frente da Segunda Guerra Mundial.

    De acordo com a imprensa local, o ato reuniu cerca de 5 mil pessoas. "76 anos atrás, sobre a Praça Vermelha, marchava a invencível e legendária Armada Vermelha. Hoje Moscou recorda aqueles heróis", disse o prefeito Sergey Sobyanin.

     

    Ao contrário da Revolução Bolchevique, que ainda é motivo de divisão no país, a parada de 1941 é símbolo do orgulho nacional. Com informações da ANSA.