Página inicial


  • O Brasil está de luto

    25/08/2014

     Mais uma vez, no século XXI, o Brasil perdeu a oportunidade de ver, abalado o domínio da corrupção, no meio político. Alquebrou-se o poder de agir contra a impunidade. Exorcizar o desvio de uma função anormal, seria contrariar uma tendência inata de alguns homens públicos, mas Eduardo Campos se propunha a fazê-lo.

    Quando de seu acento no STF, o conspícuo presidente Joaquim Barbosa, tentou impor um regime de seriedade à Nação. Foram tantas as ameaças à sua própria existência que não teve outro meio para conservar a vida, senão pelo caminho da renuncia de suas funções de magistrado. Registre-se a abdicação do Ministro Joaquim Barbosa, como a 1ª derrota de caráter permanente, na máxima Organização Social da Nação.

    A prova que seu afastamento foi salutar para a perversão, que pretendia continuar instalada, em nossa pátria, está na concessão ao mensaleiro José Genuino, para deixar a prisão da Papuda e cumprir sua sentença em cárcere privado...

    Os companheiros do Mensalão, aguardam a liberdade irrestrita para o próximo governo, se o PT for vitorioso.

    A morte inesperada do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, fora um acontecimento funesto para o aglomerado humano, que via nele as mudanças reclamadas para melhor, pela sociedade brasileira.

    Quem vê Televisão deve se lembrar do flagrante registrado com o ex-governador José Roberto Arruda (PR), ao receber propina. Pelo ato foi compelido a afastar-se do cargo de governador do Distrito Federal. Retorna, como candidato ao mesmo posto, e está à frente nas pesquisas. O TRE (DF) negou-lhe o registro, mas há recurso para o TSE e ele aguarda confiante uma decisão satisfatória.

    A fé e a esperança dos brasileiros se concentravam em Eduardo Campos. Na última entrevista, ao arcebispo do Rio de Janeiro dom Orani Tempesta, na véspera do desastre que o vitimou, nas respostas que ofereceu sobre assuntos pertinentes à moral e aos bons costumes, mostrou que conhecia os problemas e estava decidido a resolvê-los. Falando, no mesmo dia, ao Jornal Nacional na TV Globo e Globo News, indagado por vários jornalistas, para uma informação em 7 minutos, limitou-se a dizer “não desistam do Brasil”. E, aguardou-se para revelar suas idéias, quando houvesse tempo favorável.

    Perdeu “a pátria amada, desvalida” um arauto, que se não pudesse fazer o muito, exigiria respeito ao que é do povo e em sua valia, ser aplicado. Expressou satisfação, quando lhe informaram que no debate dos presidenciáveis ganhara status, quanto às indagações respondidas por Aécio Neves. Com a morte que ceifou a vida de Eduardo Campos, nos despedimos do quinhão de sonho de vermos a moralidade se impondo na Nação chamada Brasil.

    ______________________________________________________________________________

    Lourdinha Luna é membro da Academia de Letras de Areia.


    Voltar