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  • A fábrica de aviões

    29/08/2013

    O jornal CP noticiou dia 21 do corrente mês que, a Paradise Indústria Aeronáutica Ltda, com instalação em Feira de Santana-BA, terá uma sede em Campina Grande. O governador Ricardo Coutinho e o Prefeito Romero Rodrigues assinaram o Protocolo de Intenção, com o Diretor-Presidente da empresa, Noé Oliveira.
    A Paradise fabrica aviões ultraleves, dotados dos requisitos seguros para alçar o vôo e se manter no ar sem percalços. O motor de pequena potência carece um pouco mais de 50 metros de extensão para a decolagem. As aeronaves dos modelos P-1,P-2,P-4, atendem ao mercado brasileiro, ao dos EEUU, Austrália e África do Sul. Em breve será breve será um veículo acessível para os paraibanos. Com o congestionamento constante nas rodovias, esse tipo de transporte é um achado. Quanto tempo economizará quem tiver um compromisso com hora marcada! Ou um político nas visitas ao eleitorado!
    A boa nova é que o empreendimento oferecerá 200 empregos diretos. Por essa bem-aventurança, num Estado onde a iniciativa privada é escassa, o prometido deve ser bem visto, por que “quem dá um emprego dá a vida.”
    Mais uma vez é destacada a vocação de Campina para os macros empreendimentos. Seu destino é criar ou acatar empresas de grande porte e presenteá-las com a mão de obra especializada, abundante em seu terreiro. Para valorizar a aptidão campinense, José Américo, ao instituir Escolas Superiores, destinou para os campinenses a de Engenharia Mecânica, descartando a pressão para fixá-la, na capital. O governador entendia que lá estava o seu espaço.
    A Paradise não encontrará dificuldades em recrutar para a montagem de seus dirigíveis, o Engenheiro Mecânico, e o operador para a manutenção das máquinas e equipamentos. Contará, também, com profissionais aptos para o planejamento dos projetos. Terá a sua disposição os analistas e os técnicos em designer industrial e os operários para o conjunto operacional.
    Até meados do século XX a indústria local limitava-se ao beneficiamento do algodão, a produção de couros e peles, alimentos e têxtil. Com o advento da SUDENE (1959), e a fundação do Distrito Industrial de Campina Grande, no governo de Pedro Gondim, o cenário econômico mudou. Esse período é lembrado como o do “Milagre Brasileiro”. Campina Grande pode ter tido quedas no seu sistema produtivo e de lucro, mas deu a volta por cima e se firmou. Salve a Rainha da Borborema, pela dádiva de seus homens públicos que a faz crescer cada vez mais.
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    Lourdinha Luna é membro da Academia de Letras de Areia.
     


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