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  • Academia Feminina de Letras

    05/03/2015

     Entramos no século XXI, sem existir na Paraíba, um Centro Literário dedicado às mulheres com vocação para as letras e as artes. Na década de 20, para bisbilhotar mexericos e revelações dos subscritores de um Album de Confidência, Anayde Beiriz, clamara por um Grêmio Cultural para o sexo feminino, segundo sua amiga e confidente Amelinha Theorga.

    Em 2004 foi tomado como modelo o Regimento das Academias Femininas do RN, Goiás, Paraná, São Paulo, Espirito Santo, Ceará, Jundiai, e Santos-SP, para a criação da nossa AFLAP. À frente do sonho esteve a professora Balila Palmeira.

    Quando cessam as atividades funcionais e a família independe de nós, os dias ficam vazios. É aconselhável, na adulta consciência, para as que têm aptidão para as letras e as artes, preencherem o vácuo, com uma ocupação intelectual e lúdica.

    Somos um colegiado eclético quanto à genuína vocação, porém, uno no valor pessoal. Integram nossa Instituição, escritoras, memorialistas, poetas, musicistas e artistas dedicadas às belas-artes e ao trabalho de cultura social. Há opções pela História que informa e esclarece e pelo romance que enreda e prende a atenção. Outras se dedicam à poesia que embala e faz sonhar e a exibição teatral, que encanta pela beleza estética. No conjunto, todas as confreiras são dotadas de intelecto ativo, e o usam no seu campo de ação, saudável e construtivo.

    A maturidade não é o meio do dia, nem da tarde, nem da noite. Eu diria que é o tempo impreciso, que chega misterioso nas horas do amanhecer, após momentos de nevoeiros voláteis que se dissolvem, quando tocados pela luz do sol. A Academia é o nosso espaço humano e luminoso. É no convívio com as colegas que descobrimos um novo interesse pelas conquistas do quotidiano.

    Dizia frei Leonardo Boff: “Importante é saber, mais importante é saber e fazer.” Adotando a sentença temos nos esforçado para criar com acerto.

    Em dia recente ocorreu no Auditório da FCJA a posse da 4ª Diretoria da AFLAP, que ainda não tem sobrenome. A escolha recaiu na confreira que dispensa apresentação – Bernardina Juvenal Freire de Oliveira – professora erudita, de distinta formação universitária e inteligência e conhecimentos além da média. Perita em tudo que planeja, esperamos dela o “selo da perpetuidade”, para nossa Academia, que carece de tudo, inclusive de uma sede própria.

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    Lourdinha Luna é Diretora de Comunicação da AFLAP.


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