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  • Carências da sociedade

    10/12/2014

     Leva-nos à revolta saber que doentes internados em hospitais públicos, passam dias à espera de vaga na Unidade de Terapia Intensiva, para ocupá-la após o paciente se submeter a uma cirurgia, de urgência. O cirurgião, humano e antenado com seu dever, esforça-se, em vão, para atender seu cliente. A espera deixa doente e familiares estressados.

    A quem culpar pela demora? Simplesmente à corrupção que se implantou no Serviço Público, tirando da sociedade carente os benefícios que merece.

    Li em um site sobre a perversão brasileira, o mesmo raciocínio expressado por dois cientistas políticos num programa da globonews. Eles informaram que há no Brasil, 200 denuncias de perversão e só três estavam sendo analisadas. As 197 estão no aguardo da investigação e quando os processos forem examinados, os pervertidos talvez estejam mortos, ou em idade avançada que os livrará da reclusão carcerária. 
    A Transparência Brasil informa que no nosso país 85 bilhões de reais são surrupiados dos cofres públicos, anualmente. Que benfeitorias seriam levadas para a saúde, educação, segurança!...

    Outro item de suma importância seria o traslado de águas do Tocantins para o São Francisco e dai para os Estados secos do Nordeste. Sem condições de enfrentar o problema em sua completude, está sendo usada, apenas, águas do rio da Integração Nacional, o excedente que tem sua decantação no mar.

    Num ano de fraca invernia, a caudal dadivosa não subvencionará os sedentos do liquido que não tem sucedâneo.

    À sociedade cabe fiscalizar o andamento dos casos e não ter tolerância com os larápios até vê-los trancafiados. Embora nossas leis sejam “elásticas”, porém a norma muito esticada pode quebrar sua resistência.

    O sistema usado pelos delinqüentes é diabólico e eficaz. Um acusado reduz sua pena ao delatar outros e o caso se ramifica ao infinito. É a maneira que o juiz Sergio Moro dispõe para encontrar o rastro do bilionário desvio praticado na maior empresa pública da América Latina, a Petrobrás. O assunto indigna o país, com os contratos superfaturados quanto ao valor das obras para a construção de refinarias. Contas bancarias são repentinamente esvaziadas para evitar o congelamento. Outro faz acordo para devolver 100 milhões de reais. E os juros que rendeu esse dinheiro, ficam com o malfeitor?

    Espera-se que os defensores dos vendilhões não façam com o juiz Sergio Moro, o que fizeram com o ministro Joaquim Barbosa que, ameaçado de morte, aposentou-se, antes do tempo, enquanto os mensaleiros estão, em casa ou passeando...

    Lourdinha Luna uma é membro da Academia F. de Letras e Artes da Paraíba.


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