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  • O terror mora ao lado

    09/10/2016

     A senadora Vassoura (Isabel Maria Bandeira Brasileira), natural de Gurinhém, foi eleita no grito dos paraibanos. Não na urna que recebe milhões de votos corrompidos pelo ódio e preconceito. Nas eleições que mandam senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, na quase totalidade para votar projetos contra você. Dia 02 de outubro se aproximando. É o dia consagrado para eleger as quadrilhas que continuarão decidindo as nossas vidas e o destino do país.

    A senadora Vassoura espantou meu coração. Quando a vi pela primeira vez montada em sua égua em um trote belo. Uma cena exuberante, galocha, roupa de cores intensas, e a bandeira brasileira cobriam o corpo e vestia a alma de patriotismo. Apito na boca, ato contínuo quando gritou independência ou morte! A senadora Vassoura não tinha pé doído e nem papa na língua, a cumprimentei no histórico Ponto de Cem Réis, montada em sua égua. Senadora Vassoura, bom dia! Na bucha respondeu é a mãe Fela da Puta. Só entendi depois do espanto meu, e da altivez dela.

    Vassoura não tinha negócio de sinal de trânsito, parava na hora que quisesse. E as pessoas obedeciam. Perambulando nas décadas de 70 e final da de 80, quando morei na Paraíba feminina, mulher forte, sim senhor, que me ensinou o caminho da luta contra a ditadura militar. Que ressuscita violentamente com outra grife. A do judiciário no escandalizar do mundo.

    Por centenas de vez cruzei com Ela e tantos outros, como os poetas Caixa D’Água, Mocidade um excelente tribuno nos embates históricos eivados de rivalidade. Caixa D’Água uma vez se sentiu como nós na superação de um obstáculo. O nosso derrotar um inimigo poderoso da democracia armado até os dentes, o dele, após uma noite de alegria nos bares, trôpego, dificuldade de subir a ladeira, disparou "Ladeira da Borborema / tu sois mais alta do que eu / mas eu posso subir em tu / e tu num pode subir ineu";.

    A senadora Vassoura pousou de 60 a 80 na cidade de Santa Rita. Indo para o Céu em 2000. Uma mulher exuberante no enfrentamento das provocações da população por décadas. Tornou-se uma lenda urbana que nós sentimos saudade. Fica o exemplo dela, o Brasil tem que parar de Norte a Sul, Leste a Oeste, estamos abandonados no Teatro do Golpe. Onde os atores perderam a dignidade, a imparcialidade, a idoneidade moral que embasa a postura jurídica do operador da Lei, pago por nós, não para fazer atrocidades contra os investigados. Não respeitam a Constituição, anarquizam o Estado de Direito em prol do Estado de Terror. Assassinam reputações em um roteiro planejado para golpear a esquerda e o PT.

     Ninguém se sente seguro. Não podemos recorrer as Instâncias da Justiça, aos Tribunais Superiores, vez que são os legitimadores das excrescências que se tornaram regras no país: caçar todos os petistas, todos àqueles/as da esquerda sistematicamente. O Estado de Terror tem um endereço certo. Fica na República Corrupta do Paraná o núcleo da facção que congrega procuradores, policiais federais, juízes e desembargadores que acham legal quebrar a Constituição, prender e arrebentar, condução coercitiva ilegal, acusar sem provas. São eles, para o registro da história, que não os perdoará, que destruíram a economia do país e o Estado democrático.

    E lá todos eles tiveram provas do Caso Banestado, do desvio de 520 bilhões a preço de hoje. A Lava Jato no poder de mando vem da seleção de lá: Moro, Fernando, Youssef, acrescentados no grupo, escolhidos a dedos os delegados da Polícia Federal Política, defensores de Aécio Neves, portanto, de um marginal político de alta periculosidade, envolvido com um rosário de crimes. Parte deles, como agora, esconderam por muito tempo a lista dos ladrões de terno e gravata do Banestado, e hoje pousam com o apoio da mídia criminosa, sonegadora, como os heróis contra a corrupção.

    Todos eles estão corrompidos moralmente pela parcialidade na lista dos que vão prender ao arrepio da Lei, e pelo silêncio assustador Dela e “Deles” na proteção da escória brasileira. Polocci e tantos outros sentiram na carne a volta do autoritarismo das forças repressivas e combinadas do Aparelho de Estado. Que cresceu as garras no governo Lula/Dilma, e estão afoitos para consolidar de vez o Estado de Terror. O ministro da (in) justiça, da cabeça de ovo podre de cobra cascavel, truculento e de bucho furado deixou claro a relação perniciosa do governo Temer usurpador, com a Operação Lava Jato, digo Operação Livra os Ratos amigos, quando anunciou as várias prisões que serão feitas antes das eleições, para reforçar as candidaturas dos golpistas.

    Não foi por falta de aviso. Eu, você, todos nós faz anos temos alertado. A crítica é para os adultos como já dizia o educador Paulo Freire, o governo Dilma contemporizou com os núcleos de violência formados nas instituições públicas contra o Estado de Direito, em nome do Republicanismo. Apenas um exemplo, quando a Equipe da Lava Jato comandada pelo juiz truculento Moro cometeu o crime de espionagem. Baseado não Lei de Segurança Nacional deveria, ao invés de continuar a desrespeitar a Constituição, ter sido preso com todos os que ajudaram no crime, colocados em uma prisão de segurança máxima.

    É simples assim. Os ministros/as continuam tranquilos, impávidos, dormindo como um neném enquanto o país vai se transformando em um bordel de parte do judiciário. Resistir é preciso, mas, nas formas do poeta Caixa D’Água “Ladeira da Borborema / tu sois mais alta do que eu / mas eu posso subir em tu / e tu num pode subir ineu”. E da senadora Vassoura. Parar o Brasil e dizer quando a repressão vier e nos agredir, inclusive com palavras. É a mãe Fela da Puta, esse país é nosso.  


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