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  • A OAB sai da toca

    14/04/2016

    Ninguém pode negar, nem a saudosa senadora Vassoura montada em seu cavalo nas ruas de João Pessoa. Independência ou morte, dizia para todo o mundo ouvir. A Ordem dos Advogados do Brasil deu uma banana para a defesa do processo democrático. Uma guinada golpista de 360º graus. Um salto mortal no abismo. O Estado de Direito trocado pela preocupação maior da entidade, ao que parece, na essência, manter a arrecadação das taxas para o exame da Ordem. Outras mordomias no pacote. Ao invés da defesa do processo legal, a OAB se transformou em um sindicato pelego, daqueles que vive do imposto sindical. Arrota aqui, acolá, contra a quebra da legalidade constitucional...

    As alegações, ao som de cantigas de ninar, para se misturar àqueles, que faz década, no planejamento para pintar o Palácio do Planalto. Com as cores dos EUA, ou da lama da mineradora Samarco. É de arrepiar os estudantes dos cursos de direito. A USP, diversas universidades do Brasil, têm se posicionado em defesa da legalidade, em contraposição a aventura golpista, dirigida pelos togados. A conjuntura golpista tem alijado, defenestrado, humilhado nos Tribunais de Exceção, todos os advogados legalmente constituídos, na defesa dos clientes suspeitos, levados debaixo da vara. Coercitivamente, o que se tornou moda no Reinado do juiz Moro da República Corrupta do Paraná. Condenados, presos antes de qualquer acusação formal. O grampo adorna a cela, a tortura psicológica é o lanche servido lá.

    A OAB, não é por cegueira, impossível até para quem não é operador do direito, não perceber que as alegações para engrossar a tese do impeachment: pedaladas fiscais, obstrução de justiça... Vão causar uma nódoa na história de luta contra todas as formas de autoritarismo, que tem caracterizado a postura da Ordem. Na verdade, são desculpas esfarrapadas, na falta de dignidade e coragem de enfrentar à luz do direito a tropa golpista, dos conspiradores contra a democracia. A OAB na defesa do Impeachment, sem bases legais, acompanha a procissão mais vergonhosa da escória branca e perfumada da história do Brasil. A OAB passa um cheque em branco a um comprovado gatuno de verbas públicas, defensor de todas as formas de preconceito contra as minorias. Eduardo Cunha é inimigo do país, que preside a Câmara dos Deputados na prática de diversos crimes. E coordena vários deputados meliantes na Comissão do Impeachment, para afastar uma presidenta eleita democraticamente, e que não pairam dúvidas sobre a sua conduta ilibada.  

    A OAB entrega a senha da conta ao juiz Moro, que violou a Constituição em 180 conduções coercitivas, em um espetáculo televisivo, combinado com a mídia. Portanto, no quesito, cometeu 180 atentados à Constituição e ao Código Penal. A OAB capitula, pratica haraquiri, não como um ato de protesto, de honra e coragem do guerreiro samurai. É um suicídio ao som da integração às forças golpistas, na destruição da democracia brasileira. Talvez, por medo do crime de grampo, rende-se a um espião. O Juiz Moro grampeou o Brasil de ponta a ponta, inclusive advogados, que já se manifestam contra o crime, inclusive contra a posição acovardada do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O juiz Moro grampeou ilegalmente a presidente Dilma, um crime de espionagem, capitulado na Lei de Segurança Nacional. Resistir é preciso.


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