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  • Vida rural e urbana inominada 2017

    22/02/2017

     A rapidez no relacionamento entre pessoas e instituições, partindo de uma e de outra, na vida nacional, nordestina principalmente, atrasada e resistente a mudanças neste campo do comportamento, tem causado contrariedades e insegurança quanto a direitos e deveres. Saímos do regime de escravidão para o de “servos da gleba”. 
    Eis uma locução que caiu em desuso dada a mudança nas ligações entre as pessoas, e, principalmente a legislação atinente ao trabalho, ao emprego, a propriedade rural. Daí o desajustamento social revelado em protestos, jogando na lata do lixo conceitos consagrados na suserania, tipicamente feudal.
    Agora prevalecem os chamados “direitos sociais” diria “inominados” em face à extraordinária pletora de arguições a caráter. Jamais fui um estudioso do direito substantivo e adjetivo (ainda são usadas tais expressões?). Advoguei (OAB, Pb 812) causas no cível e no criminal. O trabalhista pouco conhecido, era substituído pelos contratos e obrigações do Código Civil.
    Assinei petições chinfrins, afinal, que desmerecem o modernoso padrão parecerista, isto é, de opiniões baseadas em argumentos doutrinários e técnicos, dos escritórios diria inominados, citados, que animam o papo da galera elegante e bem cuidada de meus colegas bachareis de terno geralmente preto, de gravata, sapatos brilhantes. 
    Em compensação, os consultórios de psiquiatria e de psicólogos renomados, cuidam de condutas depressivas que acometem as partes envolvidas no entrevero social, mergulham no poço escuro da Justiça. Aí perdem de vista o que julgam seu direito. 
    MST, MSTC BLACK-BLOCKS, etc. etc, movimentam-se e não são perturbados, acredito, inviabilizando a garantia de direitos outros de outros, que são desrespeitados. O aparato policial recebido a pedradas perde a credibilidade – vira mero cordão de isolamento. Conselhos e mensageiros nascem interpostos como entidades inominadas. Democráticas? Resta o cansaço, o descrédito das instituições públicas responsáveis pela solução do impasse, danos patrimoniais a serem reparados.
    A situação crescente de explosões inominadas, alcança jovens, crianças, mulheres, negros, cadeirantes, gays, brincantes, cria o comercio de garrafinhas de água mineral. Hoje num igarapé da amazônia, amanhã no Cariri da Paraíba, nos pampas do Rio Grande, bebês com roupinhas modelo-protesto são levados pelos pais. Massa. Dá para desfrutar a vida, porque um protesto é seguido por outro. Desconheço relatórios e apuração das ocorrências.
    Que fazer? Esperar o próximo que nominará a guerra civil.


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