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  • Eracliton de volta pra o aconchego

    22/08/2015

     

    Que peça a morte nos pregou! Arrebatou do nosso convívio a alegria intensa, o sorriso aberto e a alma pura do meu querido amigo Erácliton Ramalho!

    Conheci o odontólogo e irmão de Elba Ramalho em 1991, quando trabalhávamos juntos no Governo Ronaldo Cunha Lima. A empatia foi imediata. Também pudera! Como seria possível alguém conhecer Eerácliton e não se encantar com aquele cara com "cabeça de homem e coração de menino", como canta Roberto Carlos?

    Fosse na minha casa, no Gambrinius, no La Veritá ou no Cassino da Lagoa, estávamos sempre nos encontrando para virar o copo e ouví-lo cantar. Na mesa, podíamos contar com a presença de Nonato Guedes, Ricardo Barbosa, Biu Ramos, Rui Barroso, Erialdo Pereira e Itamar Cândido, entre outros.

    Erácliton abraçava o violão e, com o movimento concatenado dos dedos, produzia os acordes perfeitos da música que mais gostava de cantar: De Volta Pro Aconchego, letra de Dominguinhos e interpretação magistral de Elba Ramalho. Como era também uma das minhas preferidas, pedia ao amigo para repetí-la abusivamente. Ele gostava desse meu ‘abuso‘.

    Ontem, a conjugação de uma moto envenenada e um motoqueiro irresponsável tiraram a vida do meu querido amigo e calou para sempre a sua voz, que neste momento reentra pelos meus ouvidos - viva, suave e vibrante.

    Erácliton partiu para o novo Aconchego, a Morada Celestial. Espero que possa chegar de violão na mão e adentrar o ambiente cantando e fazendo a alegria de Ronaldo, Itamar, Otacílio Silveira e da multidão de amigos que para lá partiu.

    É duro ficar sem você para sempre, amigo, parece que falta um pedaço de mim. Leve na bagagem a minha saudade e a dor de não poder estar contigo de novo. Ah, segura firme na mão de Deus - e vá.


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