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A minha cacimba não seca
25/05/2018
A Parahyba do Norte é um celeiro de grandes poetas populares. Podemos citar Pinto do Monteiro e próximo a cidade de Patos: Inácio da Catingueira, Josué, Romano do Teixeira e Leandro Gomes de Barros de Pombal. Na cidade de Patos Silvino Pirauá de Lima, Cesário José de Pontes, João Severo de Lima, Severino Perigo, Manoel Galdino Bandeira e Manoel Pereira Sobrinho, entre outros.
De Patos Silvino Pirauá é o mais famoso e conhecido de todos. Foi ele quem escreveu o primeiro romance rimado do Brasil "A História de Zezinho e Mariquinha" e criou a "sextilha” para expandir as idéias dos poetas que antigamente trabalhavam com a quadra.
Para minha posse na Academia Patoense de Artes e Letras escrevi em 2009 o livro "O Gênio da Literatura de Cordel - Silvino Pirauá de Lima" com o objetivo de resgatar parte de sua obra e história.
A literatura dos Nordestinos é o cordel. Utilizada de forma generalizada pelos poetas de Bancada para fazer propaganda e espalhar notícias pelas brenhas do sertão.
Foi com esse sentimento de resgate que aprovei, junto com os outros vereadores, o título de Cidadão Patoense para o Poeta Chico Velho. Combinamos que os discursos seriam em versos e iniciei na tribuna assim:
Senhor presidente eu queroNessa Sessão importanteFalar de uma figuraQue já foi estudante.É professor de primeira,Leva a ciência adiante.
Para elogiar o amigoTenho versos abundantes.A minha cacimba não secaTem um açude a montanteAs comportas estão abertasCom rimas apaixonantes.
E Chico velho respondeu a altura:
Agradeço essa comendaA cada um vereadorQue, gentilmente a Zé MotaCom grandeza se juntouE, por unanimidadeEsse título aprovou.
A noite foi toda assim, em versos.
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