Página inicial


  • No caminho errado

    24/04/2017

    Essa nova safra da política brasileira e, em especial, da Paraíba, precisa ser mais direta e honesta com a sociedade. Acha pouco o processo de degradação moral que tem passado perante a opinião pública, mas ainda insiste em manter aquela máxima de que o político pensa uma coisa, diz outra e faz tudo ao contrário, como se fosse um belo exemplo de filosofia e de conduta.

    Aqui, por exemplo, a guerra sucessória pela principal cadeira do Palácio da Redenção já começou faz tempo. O pior é que as partes envolvidas no processo jogam para o eleitor que só discutirão o tema no ano devido, ou seja, em 2018, como se essa ‘mercadoria’ chamada eleitor não fosse capaz de discernir o quanto há de tergiversação, de enganação e sofisma em toda essa história.

    E o exemplo claro está na Capital: qual a relação geoadministrativa da prefeitura de João Pessoa com Bayeux, Pedras de Fogo, Mamanguape, Sapé, Capim, Curral de Cima, de Baixo, do Meio, para o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), sempre cercado de uma comitiva composta por pelo menos cem pessoas, visitar, fazer passeata e filiações se não for com o objetivo político voltado para 2018?

    Pré-candidato a governador pelo seu partido, como já é do conhecimento de todos, ele está mais focado na política que na administração da cidade que o legitimou para um novo mandato.

    O curioso em tudo isso é que nas entrevistas, Cartaxo insiste em abusar da inteligência alheia quando indagado sobre a política em 2018, que pra ele já começou em janeiro de 2017, mas, na sua fala, não é o tema preferido do momento.

    Não se questiona aqui o seu direito de buscar novos e prósperos caminhos na política, afinal de contas faz tempo que abandonou a atividade farmacêutica e se voltou essencialmente para o empreendimento político-partidário.

    O que se lamenta é a negativa sempre constante de que esteja em plena campanha política, e isso só contribui ainda mais para o distanciamento e a descrença do eleitor em relação aos seus representantes, exatamente numa fase altamente delicada que o País atravessa e a exigência e cobrança por palavras e ações honestas dos políticos viraram bandeira de luta.

    Apesar de jovem, o prefeito vai por um caminho inverso à realidade atual, expondo uma mentalidade atrasada, surrada, vencida, ao invés de buscar um diálogo inovador, direto e franco para tentar conquistar a confiança e credibilidade ao projeto político futuro que sonha.


    Voltar